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domingo, 28 abril, 2024

Marilúcia Dalla: “Chance de cura é maior que 90%”.

Presidente da Afecc destaca importância da mamografia para uma recuperação bem sucedida

Por Mariah Friedrich

Na ocasião da Campanha do Outubro Rosa, movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama, a Presidente da Associação Feminina de Educação e Combate ao Câncer (Afecc) do Hospital Santa Rita, Marilúcia Dalla, destacou a qualidade de vida como principal fator de prevenção do câncer de mama. Em entrevista exclusiva à ES Brasil, a pedagoga discutiu os principais medos e dúvidas que acometem familiares e pessoas que recebem o diagnóstico da doença.

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“Quando a mulher consegue identificar cedo, se previne, visita seu médico, a chance de cura com o tratamento é de mais de 90%”, ressaltou a presidente da Afecc. 

Em relação à idade das pessoas que têm descoberto o câncer de mama, a presidente da Afecc relatou que já atenderam até mesmo crianças, mas os casos mais comuns acontecem com pessoas a partir de 20 anos e os dados indicam uma aceleração da incidência a partir dos 40 anos. Por isso, essa é a idade recomendada para fazer a mamografia com regularidade, ou mais cedo, se a pessoa tiver familiares com histórico de câncer de mama.  

O autoexame é algo que a organização não recomenda, segundo a presidente. “Às vezes, a mulher não sabe fazer. Além disso, o câncer de mama vai crescendo e muitas vezes quando ela consegue perceber já está em um estágio muito avançado”, explicou. 

Durante a conversa, Marilúcia reforçou a necessidade de ir ao médico a partir do momento que a pessoa detecta alguma alteração na mama e contestou a crença de que o exame de mamografia seja invasivo. 

“Hoje em dia não tem dor, os equipamentos estão evoluindo, modernos, lá no Santa Rita temos equipamentos de ponta, então não tem dor”, garantiu. 

Questionada sobre a situação dos equipamentos públicos para atender à comunidade, a presidente reconheceu que existe uma fila grande de pessoas esperando para realizar o procedimento. Só no município de Vitória, são mais de 2 mil mulheres, grupo com a maior taxa de aparecimento do câncer de mama, na fila para fazer o exame de mamografia. 

“A Secretaria de Saúde de Vitória já entrou em contato conosco e está providenciando para que essas mulheres sejam atendidas e com esse movimento agora não vai demorar”, afirmou Marilúcia. 

Apesar da demora, a presidente da Afecc aponta o problema da quantidade de cancelamentos sem justificativa, que podem estar associados ao medo e ansiedade exagerados pela possibilidade do câncer. 

“A gente fala em 90% de chances de cura, mas é mais do que isso. É um câncer que tem cura. Eu já tive câncer de mama há muitos anos atrás e sou prova viva disso. Você não pode ter medo”, encorajou.

O medo é um dos primeiros sentimentos manifestados pela família e pessoa com suspeita de câncer. “No Hospital Santa Rita nós acolhemos a pessoa desde que chega para fazer o exame e temos o compromisso com todo o tratamento dela e também no pós-tratamento. Nós oferecemos uma qualidade de vida melhor com arteterapia, Reiki, massagem, atendimento psicológico, meditação, ginástica”, relatou. 

Outro ponto de cuidado mencionado pela dirigente da associação é em relação à geração de renda para pacientes que perderam o emprego em decorrência da doença. Para isso, a instituição oferece oficinas de corte e costura e fabricação de salgados, biscoitos, jardinagem, entre outras. 

A líder da associação também comentou sobre as ações de arrecadação de recursos e produtos para o desenvolvimento dos projetos da organização. Confira na íntegra:

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