23.9 C
Vitória
sábado, 4 maio, 2024

Marcus D’Almeida alcança topo após fortalecer a mente

Antes de chegar ao topo, o carioca de 25 anos passou por uma frustração na Olimpíada de Tóquio, a segunda de sua carreira

Quando Marcus D’Almeida foi campeão mundial júnior, era chamado de “Neymar arqueiro” pelos oponentes asiáticos. O apelido não sobreviveu muito porque o “atleta revelação”, “atleta em ascensão”, expressões que ouvia no alto-falante das competições, virou número 1 do mundo. Em fevereiro, ele se tornou o primeiro brasileiro a assumir a liderança do ranking mundial do tiro com arco em sua categoria, o arco recurvo.

Depois de ser vice-campeão do Mundial de Yankton, nos Estados Unidos, em 2021, ouro do Pan-Americano da modalidade em 2022, campeão da etapa de Paris da Copa do Mundo, batendo o campeão olímpico Mete Gazoz, nas semifinais, e ganhar o Vegas Shoot, que lhe colocou no topo do ranking, D’Almeida passou a ser uma referência no esporte que trabalha também para desenvolver no Brasil.

- Continua após a publicidade -

Sempre foi respeitado, ele diz, mas hoje é valorizado mundialmente, fato comprovado em ações aparentemente pequenas, de bastidor. “Hoje, os caras de fora querem treinar com a gente. Na Copa do Mundo, a gente treina com algumas equipes e as potências nos chamam”, exemplifica em entrevista ao Estadão. “Nunca fui desrespeitado, mas hoje existe um know how”.

Antes de chegar ao topo, o carioca de 25 anos passou por uma frustração na Olimpíada de Tóquio, a segunda de sua carreira. No Japão, esperava ir mais longe depois dos bons resultados que ele já havia obtido. D’Almeida terminou na nona colocação geral. A marca representou o melhor resultado da história do tiro com arco do País em Jogos Olímpicos, mas não lhe agradou.

“Aquela derrota doeu, pesou muito”, admite. “Eu sentia que do jeito que perdi, poderia ter ganhado. Então, foi isso que doeu muito”. O revés, para o italiano Mauro Nespoli, ele usou como combustível para evoluir até alcançar a liderança do ranking mundial.

A evolução maior foi no aspecto mental. “Psicologicamente, fui me tornando mais frio”, entende. “Fui tendo mais ciência do que estou fazendo. Nem sempre tenho que estar perfeito na competição Eu posso ganhar não estando perfeito, pela quantidade que treino. Então, é isso que fui entendendo”.

Para ele, o nível que alcançou atribui 90% à força mental. O restante é técnica. “Eu construí essa técnica. É quase automático”. Para crescer mentalmente, o brasileiro teve de “ouvir seus demônios”, como define. Ele faz há oito anos acompanhamento com a psicóloga Aline Wolff, do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

Com informações Agência Estado

Entre para nosso grupo do WhatsApp

Receba nossas últimas notícias em primeira mão.

Matérias relacionadas

Continua após a publicidade

EDIÇÃO DIGITAL

Edição 220

RÁDIO ES BRASIL

Continua após publicidade

Vida Capixaba

- Continua após a publicidade -

Política e ECONOMIA