26 C
Vitória
sábado, 27 abril, 2024

Marcos Do Val é hostilizado durante caminhada em Vitória

Senador Marcos Do Val foi alvo de xingamentos de homem não identificado durante caminhada em Camburi: “Você é a maior vergonha da história capixaba”

Por Redação

O senador capixaba Marcos do Val (Podemos-ES) foi hostilizado, no final da tarde da última terça-feira (25) enquanto caminhava no calçadão da orla da praia de Camburi, em Vitória. O senador trajava roupas esportivas e se exercitava quando foi surpreendido com ofensas por um pedestre.

- Continua após a publicidade -

O vídeo com os xingamentos circula nas redes sociais. Do Val aparece ao lado da esposa e logo após ser ofendido atravessa a Avenida Dante Michelini em direção contrária a praia. Imediatamente, o homem que ofende o senado (não identificado) continua com as provocações.

“Você é a maior vergonha da história capixaba. É a vergonha do país e do estado. Você tem que tratar não é o coração, não. É a cabeça. Vai nessa, meu irmão. Foge mesmo, meu irmão. Você é burro. Você é a maior fake news que tem”, diz o responsável pelo vídeo.

A assessoria de Do Val informou que não vai se manifestar sobre o ocorrido. Confira o vídeo do momento em que Do Val é hostilizado:

Entenda o caso

O senador capixaba tem sido alvo de investigação pelos órgãos de inteligência desde fevereiro, quando o ministro Alexandre de Moraes autorizou a abertura de um inquérito para apurara afirmação de Do Val de que o ex-presidente Jair Bolsonaro arquitetou um golpe de Estado para impedir a posse do Lula. Após as acusações, Do Val recuou e chegou a afirmar que a iniciativa teria partido de Daniel Silveira.

Diante de um cenário de pressão interna e externa, Do Val sofreu uma “nova derrota” quando a Polícia Federal realizou buscas em diversos endereços relacionados ao senador capixaba Marcos do Val (Podemos-ES), incluindo o seu gabinete no Congresso Nacional, em Brasília. Os mandados foram cumpridos na capital federal e no Espírito Santo.

As redes sociais do senador Marcos do Val também foram bloqueadas por determinação de Moraes. O perfil no Twitter, por onde o senador costuma se comunicar com seus eleitores, já aparece como indisponível. No Instagram e Facebook, as páginas do senador encontram-se indisponíveis.

No início do mês, a PF apresentou um relatório com as mensagens encontradas no celular apreendido do senador. O documento constatou que o parlamentar compartilhou informações sobre a trama de golpe de Estado por meio de dois grupos de WhatsApp: o “Chefias” e o “Amigas para a eternidade”.

As conversas com o grupo “Chefias”, composto por 2 assessores de seu gabinete, foram curtas. Nos diálogos, Do Val antecipou os diálogos com Daniel Silveira e descreveu o plano como uma “missão que entrará para a história do Brasil/mundo”.

No entanto, foi no grupo “Amigas para eternidade” (nome fictício, conforme apurou a investigação) que o senador se expressou de maneira mais aberta. Em textos e áudios cheios, outros participantes chegaram a comemorar a possibilidade do golpe: “Eu tô vibrando, vibrando, mas já vou apagar a mensagem!”, disse uma das “amigas”.

Na última semana, Bolsonaro prestou depoimento à PF sobre o caso. O ex-presidente demonstrou mais um distanciamento de Do Val ao exibir para a imprensa presente no local uma captura de tela em que mostra a resposta dada às proposições do senador. Após a sugestão de manobra antidemocrática, Bolsonaro respondeu a Do Val “coisa de louco”, insinuando discordância das propostas do capixaba.

Analista vê erro de cálculo político

Para o analista político Darlan Campos, Do Val traçou de maneira equivocada sua estratégia política em oposição ao governo Lula. Campos ainda cita os possíveis impactos para a sequência do mandato do senador.

“O senador Marcos Do Val, especialmente após a derrota de Bolsonaro e a vitória de Lula, impetrou com uma estratégia de mandato de construir uma imagem de enfrentamento, tanto com o Governo Federal e também com a Suprema Corte. E essa estratégia tem se mostrado politicamente onerosa para ele” apontou o analista político.

“É importante a gente avaliar que o “enfrentamento” com o poder constituído é feito por meio de denúncias, que às vezes chegam até no campo da calúnia e da difamação. Até o presente momento, (o senador) não sustentou, em grande parte, as denúncias feitas. Acho que houve um erro de cálculo político, até quando e onde ele conseguiria ir”, complementou Darlan.

 

 

Entre para nosso grupo do WhatsApp

Receba nossas últimas notícias em primeira mão.

Matérias relacionadas

Continua após a publicidade

EDIÇÃO DIGITAL

Edição 220

RÁDIO ES BRASIL

Continua após publicidade

Vida Capixaba

- Continua após a publicidade -

Política e ECONOMIA