No Noroeste do Estado, os casos continuam subindo. Já foi registrada uma morte por causa da doença
O número de casos de malária no Espírito Santo já é considerado alarmante. Já foram registrados 117 casos, sendo 95 em Vila Pavão, e 22 em Barra de São Francisco. As prefeituras dos municípios estão fazendo uma força-tarefa, a fim de reduzir os casos.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), novos kits com 500 testes rápidos de malária, e uma remessa de medicamentos enviada pelo Ministério da Saúde, foi enviado aos municípios que sofrem com o surto. Os kits são suficientes para tratar 350 pacientes.
Apesar de uma senhora de 82 anos ter sido diagnosticada com a doença em Vila Velha, é importante destacar que não há nenhuma suspeita de caso na Grande Vitória.
Uma pessoa já morreu devido à doença. A vítima é Ailton Pereira da Silva, de 76 anos.
Situação de emergência
A Prefeitura de Vila Pavão decretou situação de emergência no dia 7 de agosto, e criou até uma Sala da Situação. O objetivo é monitorar as ações administrativas de combate à doença. Repelentes começaram a ser distribuídos gratuitamente na região.
Os agentes passam o produto nas casas e até nos quintais, para acabar com o mosquito Anopheles Stephens, que transmite o protozoário causador da doença.
As ações de combate à doença estão concentradas em cinco comunidades. Vila Pavão, Barra de São Francisco, Vila Valério e Ecoporanga montaram uma força-tarefa para bloquear a doença, com o uso de carros fumacê e orientações à população.
Doença
A Malária é uma doença transmitida pela picada da fêmea do mosquito Anopheles Stephensi. Também é conhecido como mosquito prego, infectada por plasmódio, um tipo de protozoário.
Os sintomas são febre alta, calafrios, tremores, sudorese (suor) e dor de cabeça, que podem ocorrer de forma cíclica. Muitas pessoas, antes de apresentarem esses sintomas mais característicos, têm náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite.
Se não tratada, a malária pode evoluir para forma grave e para óbito. A maioria dos casos de malária se concentra na região Amazônica, nos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
Tratamento
Existe a vacina para combater a doença, e o paciente também recebe o tratamento em regime ambulatorial, com comprimidos que são fornecidos gratuitamente em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Somente os casos graves deverão ser hospitalizados de imediato.
Para a cura, depende de vários fatores como idade do paciente, o tipo de protozoário, problemas de saúde, entre outros. Mas sendo tratada desde o início as chances de recuperação são altas.