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sábado, 27 abril, 2024

Lula nomeou 109 candidatos derrotados; Nenhum é do ES

Maioria dos candidatos derrotados que receberam cargos de confiança do Governo Federal são do PT e PSB

Por Redação

Em pouco mais de seis no retorno ao cargo de chefe do Executivo do país, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomeou pelo menos 109 candidatos derrotados na última eleição, em 2022, para cargos de confiança do Governo Federal. Entre os partidos mais “beneficiados” pelo petista estão a própria sigla, o PT, e o PSB, legenda do atual vice-presidente Geraldo Alckmin e que formou aliança nacional no último pleito com o partido de Lula.

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Todos os estados no país tiveram, ao menos, um candidato derrotado que foi nomeado para um cargo diretamente ligado ao Governo Federal, com exceção ao Espírito Santo. Em terras capixabas, Lula foi amplamente derrotado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nos dois turnos. No 1° turno, Bolsonaro recebeu 52,23% dos votos válidos, enquanto Lula 40,40%. Já no 2° turno, o líder da direita chegou a 58,04%, enquanto o petista obteve 41,96%.

Entre os nomes mais notáveis que obtiveram cargos de destaques estão o do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (derrotado no pleito ao governo de São Paulo), o presidente da Embratur, Marcelo Freixo (derrotado no pleito ao governo do Rio de Janeiro) e do superintendente da Sudene, Danilo Cabral (derrotado no pleito ao governo de Pernambuco).

O levantamento aponta ainda a distribuição de cargos por partido: 37 nomeações com candidatos derrotados do PT, 35 para o PSB, 15 para o PDT (partido do candidato Ciro Gomes, e que apoiou Lula no segundo turno), 13 para o MDB (partido da candidata Simone Tebet, que ocupa cargo como ministra e apoiou Lula no segundo turno), 12 para o PSD e 11 para o União Brasil.

“É uma prática já consagrada na política brasileira”, aponta analista

Para o analista político Darlan Campos, a prática é comum e recorrente em todos os governos da política brasileira.

“É uma prática comum que candidatos e pré-candidatos que perderam a eleição ocuparem cargos no governo que conseguiu uma vaga no majoritário. Muitos desses cargos são da própria direção do partido. Ou [os candidatos] têm qualificações técnicas que os permitem estar. É uma prática já consagrada na dinâmica política brasileira. Acontece em todos os partidos e em praticamente todas as coalizões que a gente tem, seja ela municipal, estadual ou federal”, afirma o analista.

Em relação a ausência de nomeações de candidatos capixabas, o analista aponta que é as avaliações realizadas pela equipe de governo levam em conta diversos fatores, como o número de vagas obtidas pelo Espírito Santo no Congresso Federal.

“Vale lembrar que o Partido dos Trabalhadores do Espírito Santo conseguiu duas vagas federais. Então é possível que boa parte dos quadros e dos nomes que o partido teria à disposição para indicar já ocupem um dos quadros do próprio partido “, analisa Darlan.

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