O atleta, que é filho da multicampeã de basquete Hortência, é o primeiro atleta nacional a se instalar na Vila Olímpica na capital japonesa
Por Juliano Justo (Agência Brasil)
O cavaleiro João Victor Oliva, único representante do Brasil no hipismo adestramento na Olimpíada, é o primeiro atleta nacional a se instalar na Vila Olímpica na capital japonesa.
Após sair da Alemanha na última quarta-feira (14) e fazer uma escala na Turquia, o atleta, que é filho da multicampeã de basquete Hortência, chegou ao Japão na noite desta quinta-feira (15) (manhã no horário de Brasília).
O cavalo puro-sangue Escorial Horsecampline, que participará dos Jogos de Tóquio com João Victor, cumpriu quarentena na localidade de Aachen (Alemanha), e vai se encontrar com o atleta diretamente no Japão.
“O cavalo está muito bem. Viemos treinando, nessa reta final, com foco total nos Jogos de Tóquio. Queremos fazer o melhor possível e colocar na pista tudo aquilo que treinamos em casa”, declarou o cavaleiro à Agência Brasil.
O atleta paulistano também falou sobre a importância de representar o Brasil no megaevento esportivo: “Só de estarmos indo a uma edição olímpica, já é uma grande vitória. Não importa se teremos público ou não. Nos Jogos do Rio de Janeiro, o público brasileiro foi espetacular. E é claro que aqui no Japão será bem diferente. Mesmo assim, temos que focar no lado bom e estar felizes de ter essa chance de poder representar o Brasil mais uma vez”. Esta será a segunda participação olímpica do paulistano. Nos Jogos de 2016, no Rio de Janeiro, com Xamã dos Pinhais como parceiro equino, ele ficou na 46ª posição.
PRIMEIRO ATLETA NA VILA 🏠
João Victor Oliva 🏇 é o primeiro atleta do Time 🇧🇷 a entrar na Vila Olímpica de @Tokyo2020
E o 💚💛 já bate mais forte!
Tá chegando a hora dos @JogosOlimpicos! pic.twitter.com/372orU5jGB
— Time Brasil (@timebrasil) July 16, 2021
Medalhista de bronze por equipes nos Jogos Pan-Americanos de Lima, em 2019, o Brasil teria direito a enviar uma equipe completa para Tóquio no adestramento. Mas, para confirmar essa classificação, pelo menos três conjuntos nacionais teriam que atingir resultados superiores a 66% durante aquela temporada em torneios de nível Grand Prix, tanto na nota média final do evento, como junto a um juiz FEI5, a licença mais alta da Federação Internacional de Esportes Equestres (FEI, na sigla em inglês). Como nenhum conjunto brasileiro alcançou essa marca, o país ficou com apenas uma vaga. E João Victor, ao lado de Escorial, ficou com o melhor desempenho, com média de 70,565%, carimbando o passaporte olímpico.
Segundo a CBH, a meta para Tóquio é superar a marca da Rio 2016, quando João Victor e Xamã dos Pinhais alcançaram 68,071% de média. Outro objetivo é ir além da 33ª posição, melhor resultado de um brasileiro na disputa individual, alcançado por Sylvio Marcondes de Rezende nos Jogos de Munique (Alemanha), em 1972, montando o cavalo Othelo.
O adestramento será disputado a partir do dia 24 de julho, com o Grand Prix começando às 5h (horário de Brasília). A definição do pódio por equipe será no dia 27, e os donos das medalhas do torneio individual serão conhecidos no dia 29, às 5h30.
Nas disputas do Conjunto Completo de Equitação (CCE) a equipe verde e amarela terá Carlos Parro, Marcelo Tosi e Rafael Losano. O cavaleiro Márcio Appel será o atleta substituto da equipe. Nas provas de saltos, o Brasil contará com Luiz Francisco Azevedo, com o cavalo Comic, Marlon Zanotelli, montando VDL Edgar, Rodrigo Pessoa, utilizando o cavalo Carlitos Way, e Yuri Mansur, com a parceria do cavalo QH Alfons Santo Antonio.