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terça-feira, 30 abril, 2024

17,1 milhões de pessoas investiram em renda fixa em 2023

Dados da B3 mostram alta em vários produtos. Apenas em LCI números de investidores foi 58% maior que no ano anterior.

Por Gustavo Costa

Cada vez mais, o brasileiro parece tomar gosto por investimentos. O número de pessoas físicas com aplicações na renda fixa no Brasil aumentou, de forma geral, 15% em 2023, em relação a 2022. Isso significa que 17,1 milhões de pessoas passaram a colocar seu dinheiro em algum produto, segundo informou nesta quinta-feira (15), a B3.

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De acordo com a bolsa de valores brasileira, as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) tiveram o maior aumento de investidores entre as aplicações de renda fixa, com 58% a mais em dezembro de 2023 em relação ao mesmo período do ano anterior. Essa porcentagem representa um montante de R$ 357 bilhões.

Já os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), registraram alta de 53%. São 107 mil investidores pessoas físicas, que geraram um saldo em custódia de R$ 24,8 bilhões. Os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) cresceram 51% em número de investidores pessoas físicas (155 mil) e 42% em saldo, ou R$ 100 bilhões.

Segundo o levantamento, as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), com 29% mais investidores em um ano. O segmento teve aumento de 37% do estoque (R$ 457,9 bilhões). São 1,744 milhão de investidores nessas letras.

O Certificado de Depósito Bancário (CDB), acumulou 11,7 milhões de investidores, alta de 12% e saldo de R$ 712,3 bilhões e saldo mediano de R$ 6 mil. Enquanto isso, as debêntures, títulos de dívida emitidos por empresas que atuam fora dos segmentos imobiliário e financeiro, registraram alta de 103 mil investidores (28%), 471 mil pessoas. O saldo foi de R$ 119,9 bilhões.

Finalmente, o sempre convidativo Tesouro Direto superou a marca de 2,5 milhões de investidores, com aumento de 27%, indo de R$ 99,6 bilhões para R$ 126,8 bilhões. O Tesouro IPCA e o Tesouro Selic são responsáveis por 75% do saldo total sob custódia.

A busca por produtos de renda fixa no geral refletiu no valor sob custódia que em um ano teve alta de 30%: passou de R$ 1,64 trilhão para R$ 2,1 trilhões.

Investidor com opções e mais facilidade para fazer suas aplicações

Para Gabriel Meira, líder de Relacionamento dos Comitês Qualificados de Conteúdo (CQCs) do Ibef-ES, o mercado hoje oferece ao investidor um grande leque de opções e facilidades. Ele lembra que as corretas e bancos ao alcance de um clique revolucionaram o mercado financeiro, e hoje o brasileiro não está mais restrito aos grandes bancos. “Você volta 5, 6 anos atrás, e havia uma pirâmide de mais ou menos 98% do investimento do brasileiro que estava concentrado nos grandes bancos, e apenas 2% nas instituições independentes”, disse.

Meira fala ainda sobre a importância de propagandas, veiculações, influencers de finanças falando sobre diversos produtos, como tesouro direto, um CDBs, LCIs. “A gente tem sim visto que graças a essa massificação do marketing, você tem cada vez mais pessoas começando a sair da poupança e deixando ali, nem que seja no caixinha do Nubank, numa conta remunerada e por aí vai. Isso é muito positivo, cada vez mais o brasileiro tem a consciência de onde ele está colocando o seu dinheiro”, falou.

Para o gestor, mesmo aprendendo a poupar, o brasileiro ainda precisa resolver o grande gap, com mais 70% da população com o nome sujo.” Ainda temos um longo caminho pela frente, mas o fato de que cada ano o próprio raio-x do investidor, que é divulgado pelo Ambima, tem demonstrado que cada ano mais você tem um percentual cada vez maior de pessoas começando a investir em diferentes tipos de produtos”. De acordo com Meira, é um movimento que em 10 ou 20 anos tende a tomar um tamanho sem precedentes, e que pode colocar o Brasil no patamar de Estados Unidos e países da Europa de forma geral.

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