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terça-feira, 30 abril, 2024

III Encontro de Bandas de Congo celebra riqueza cultural

Evento reuniu apresentações de sete bandas de congo da Grande Vitória no último sábado (19) para celebrar o Dia Nacional do Folclore

Por Mariah Friedrich Dadalto

A comunidade da Barra do Jucu, em Vila Velha, recebeu no último sábado (19) o III Encontro de Bandas de Congo da Grande Vitória, promovido pelo Museu Vivo da Barra do Jucu. O evento teve como objetivo resgatar e preservar os saberes do congo, uma das mais importantes e tradicionais manifestações da cultura e popular do Espírito Santo.

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O encontro foi um tributo ao Dia Nacional do Folclore, comemorado anualmente em 22 de agosto. Sete bandas de congo se apresentaram ao longo do dia, dando vida a essa tradição centenária. A programação teve início com a chegada e recepção dos grupos na Praça Pedro Valadares, seguida por um café da manhã e uma roda de conversas na Umef Tuffy Nader.

Um dos momentos mais marcantes do evento foi o cortejo das bandas de congo, que percorreu o Corredor Cultural e Gastronômico da Barra do Jucu. O cortejo começou na Ponte da Madalena e seguiu até a Praia do Barrão, chegando ao Kintal (barracão do Bloco Surpresa), onde a celebração continuou.

O evento marcou a continuação do compromisso assumido após a primeira edição, realizada após os desafios impostos pela pandemia de Covid-19. Com o apoio do Bloco Surpresa, o encontro das bandas de congo tem se firmado como uma celebração anual em homenagem ao Dia Nacional do Folclore.

A participação das bandas de congo, como Tambor Jacaranema, Mestre Alcides, Raízes da Barra, Amores da Lua, Panela de Barro, Konshaça e Mestre Tagibe, evidenciou a diversidade e vitalidade desse patrimônio cultural, reforçando a importância de manter viva essa expressão única que conecta as gerações e enriquece a herança cultural capixaba.

O III Encontro de Bandas de Congo da Grande Vitória foi um momento aprendizado e conexão com as tradições locais, uma celabração que deixa o legado de valorização do patrimônio cultural e da história do Espírito Santo.

Bandas de congo presentes:

Tambor Jacaranema (Vila Velha)
Mestre Alcides (Vila Velha)
Raízes da Barra (Vila Velha)
Amores da Lua (Vitória)
Panela de Barro (Vitória)
Konshaça (Serra)
Mestre Tagibe (Cariacica)

Museu Vivo da Barra do Jucu

Criado em 2015, o Museu Vivo da Barra do Jucu tem desempenhado um papel fundamental na preservação e valorização da cultura local. Além de promover eventos como o Encontro de Bandas de Congo, o museu trabalha para fortalecer a identidade cultural da comunidade, reconhecendo o potencial não apenas cultural do congo, mas também turístico, capaz de impulsionar o desenvolvimento socioeconômico da região.

Congo capixaba

O Congo Capixaba representa um estilo musical genuinamente brasileiro, enraizado nas áreas litorâneas do estado do Espírito Santo. Seus instrumentos principais consistem no tambor de congo, no bumbo ou caixa, na casaca ou reco-reco, na cuíca, no chocalho, no triângulo e no apito (empregado pelo mestre para iniciar e concluir as melodias). As toadas, frequentemente, são dedicadas a homenagear santos, como São Benedito e Nossa Senhora da Penha (a padroeira do Espírito Santo), mas também exploram temas como o mar, o amor e ocasionalmente a mortalidade.

Para além de sua dimensão religiosa e folclórica, essa tradição exerce influência sobre bandas de música popular, que mesclam outros instrumentos musicais ao ritmo original, incluindo guitarra e baixo. Um caso ilustrativo é a banda Casaca.

O Espírito Santo abriga um registro de 66 bandas de Congo, espalhadas por várias regiões do estado. Um destaque recai sobre a Barra do Jucu, onde três bandas notáveis operam: a banda Mestre Honório, a banda Mestre Alcides e a banda Tambores de Jacarenema.

Em 2014, o Congo obteve o reconhecimento de Patrimônio Imaterial do Espírito Santo por parte do Conselho Estadual de Cultura (CEC).

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