Hilário Frasson, acusado de ser um dos mandantes do assassinato da médica Milena Gottardi, foi considerado pela Justiça o principal responsável pelo crime e foi condenado a 30 anos
Por Munik Vieira
Além dele, outros cinco réus acusados de envolvimento no crime também foram condenados pela justiça, incluindo Esperidião Frasson, pai de Hilário Frasson.
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A sentença do júri foi lida na noite dessa segunda-feira (30) e proferida pelo juiz Marcos Pereira Sanches, titular da 1ª Vara Criminal de Vitória.
Confira a sentença de cada um dos envolvidos
Dionathas Alves Vieira: foi o executor confesso do assassinato. Foi condenado, inicialmente, a 28 anos e oito meses de prisão. No entanto, no entendimento do juiz, por Dionathas ter confessado e crime e colaborado com a justiça, teve sua pena reduzida em dez anos, passando então para 18 anos e oito meses.
Bruno Broetto: foi o acusado de ter fornecido a moto para Dionathas cometer o crime. Acabou sendo condenado a 10 anos e cinco dias de reclusão. Segundo o juiz, o acusado sabia que a moto seria utilizada para um crime.
Valcir da Silva Dias e Hermenegildo Palauro Filho: ambos condenados a 26 anos e 10 meses de reclusão cada um. Para o juiz, Valcir foi o principal intermediário e participou de todas as tratativas do crime.
Esperidião Frasson: sogro de Milena e pai de Hilário, foi condenado a 30 anos de prisão. Para a Justiça, ficou comprovado que ele foi o outro mandante do crime, acobertou e agiu para sua cruel execução.
Médica foi assassinada em 2017
A médica oncologista Milena Gottardi foi baleada na cabeça quando saía do Hospital das Clínicas, no bairro Maruípe, em Vitória, no dia 14 de setembro de 2017.
Ela foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e teve morte cerebral. A médica morreu aos 38 anos e deixou duas filhas. Inicialmente, a polícia suspeitou de uma tentativa de assalto. No entanto, as investigações apontaram para um crime encomendado. Os mandantes foram o então marido da médica, Hilário Frasson, e o pai dele, Esperidião Frasson.
O assassinato teve dois intermediários: Valcir da Silva Dias e Hermenegildo Palauro Filho. Eles, por sua vez, teriam ajudado os mandantes na contratação dos executores: Dionatas Alves Vieira, o atirador, e Bruno Rodrigues Broetto, primo de Dionathas, que teria roubado a moto para a execução do crime.