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domingo, 5 maio, 2024

Hamas faz ataque brutal a Israel

Primeiro-ministro israelense declara guerra após ataque sem precedentes contra Israel

Insurgentes palestinos da Faixa de Gaza realizaram um ataque sem precedentes no sul de Israel neste sábado, 7, e dispararam milhares de projéteis contra o território israelense, enquanto o grupo Hamas, que governa o enclave, anunciava o início de uma nova operação.
Os militantes de Gaza atacaram em diversas frentes ao amanhecer no feriado judaico de Simchat Torah e um dia após o 50º aniversário da guerra de 1973, lançado por países árabes vizinhos no dia sagrado judaico do Yom Kippur, no que até agora era considerado o pior fracasso de segurança na história de Israel.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que o país está “em guerra” com a “milícia radical”. Ele ordenou a convocação de reservistas e prometeu que o Hamas “pagará um preço que nunca conheceu antes”.
“Estamos em guerra”, disse Netanyahu. “Não (em) uma ‘operação’, não (em) um ‘ataque’, mas em guerra”. Ele também ordenou que o exército limpasse as cidades infiltradas de militantes do Hamas que ainda estavam envolvidos em tiroteios com soldados. O líder da ala militar do Hamas, Mohammed Deif, anunciou o início do que ele chamou de “Operação Tempestade Al-Aqsa”.
“Já chega”, disse Deif em uma mensagem gravada, na qual conclamou os palestinos a participarem da luta. O Hamas disparou mais de 5 mil projéteis contra Israel, acrescentou.

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O grupo afirma que mantém “dezenas” de soldados e civis israelitas reféns na Faixa de Gaza. O exército israelense confirmou a infiltração em várias cidades do sul, perto da fronteira com a Faixa de Gaza, e ordenou que a população fique em casa.

Israel ergueu uma enorme cerca ao longo de sua fronteira com o enclave palestino para impedir a entrada. A cerca é equipada com câmeras, sensores de alta tecnologia e tecnologia de escuta. A incursão dos insurgentes é uma grande conquista para o Hamas.

A ofensiva palestina coincide com semanas de tensões crescentes ao longo da volátil fronteira de Gaza e com fortes combates na Cisjordânia ocupada por Israel.

Israel mantém um bloqueio na Faixa de Gaza desde que o Hamas, um grupo insurgente islâmico que se opõe a Israel, assumiu o controle do território em 2007. Quatro guerras já foram travadas desde então. Além disso, houve vários pequenos confrontos entre as tropas israelenses e o Hamas e outros grupos menores no território. Os ataques palestinos contra israelenses causaram a morte de mais de 30 pessoas desde o início do ano.

Israel conquistou a Cisjordânia, bem como Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza, na Guerra dos Seis Dias de 1967. Os ataques podem prejudicar as negociações intermediadas pelos EUA para normalizar as relações entre a Arábia Saudita e Israel.

Aliados

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos afirmou que está “monitorando de perto” o desenvolvimento dos conflitos em Israel, em meio aos ataques do Hamas, que controla a Faixa de Gaza.

”Nosso comprometimento com o direito de defesa de Israel permanece inabalável”, afirmou o secretário da Defesa americano, Lloyd Austin, em comunicado. “Nos próximos dias, o Departamento de Defesa trabalhará para garantir que Israel tenha o que for necessário para se defender e proteger os civis da violência indiscriminada e do terrorismo.”

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reiterou o apoio do país ao governo de Israel: “Os Estados Unidos seguem apoiando Israel. Não vamos jamais falhar em apoiá-los. Vamos garantir que eles tenham toda ajuda que seus cidadãos precisarem e para que continuem se defendendo”, afirmou Biden, em pronunciamento realizado neste sábado, 7.

“Meu governo e seu apoio à segurança de Israel continuam tão sólidos como sempre foram. Este não é momento para que nenhuma parte hostil a Israel tente ganhar vantagem sobre o que está acontecendo”, afirmou. Biden defendeu a retaliação israelense e o direito de defesa do país. “Os Estados Unidos seguem apoiando e ao lado do povo de Israel e contra os terroristas. Israel tem o direito de se defender e sua população também”, defendeu Biden. “Não há justificativas para ataques terroristas”, acrescentou.

A posição do Brasil

Em coro com outros líderes de países ocidentais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se disse “chocado” com os ataques que atingiram Israel neste sábado e afirmou que o Brasil não poupará esforços para evitar a escalada do conflito no exercício da Presidência do Conselho de Segurança da ONU.
“Ao expressar minhas condolências aos familiares das vítimas, reafirmo meu repúdio ao terrorismo em qualquer de suas formas”, destacou o presidente brasileiro nas redes sociais.
O Brasil convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, que preside este mês. Ao confirmar a reunião, o governo brasileiro reiterou o compromisso com a solução de dois Estados, um israelense e outro palestino, e destacou a necessidade de retomada das negociações para o estabelecimento de uma paz duradoura na região.

Vítimas

O serviço nacional de resgate de Israel informou que pelo menos 250 pessoas morreram e 1,5 mil ficaram feridas no confronto entre o grupo extremista Hamas e o Exército de Israel. É o ataque mais letal contra Israel desde 1973.

O Ministério da Saúde palestino estima que pelo menos 232 pessoas na Faixa de Gaza foram mortas e mais de 1,7 mil ficaram feridas na retaliação de Israel. Os ataques aéreos intensificaram-se na noite deste sábado, destruindo vários edifícios residenciais. 

Um brasileiro foi ferido nos ataques deste sábado e o Itamaraty informou que a embaixada brasileira em Tel Aviv presta assistência ao homem, que está hospitalizado. Outros dois brasileiros estão desaparecidos.

Repercussão

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu à população israelense que deixe a região da Faixa de Gaza porque o governo agirá com todas as forças para destruir o Hamas.
“Todos os lugares onde o Hamas se organiza, todos oslugares onde o Hamas se esconde e opera a partir deles, nós os transformaremos em ruínas. Digo aos moradores de Gaza: saiam daí agora, porque agiremos em todos os lugares e com todas as forças”, disse Netanyahu.

Netanyahu disse que o Hamas iniciou uma guerra “cruel e maligna” “Venceremos esta guerra, mas o preço é demasiado alto para suportar.

Este é um dia muito difícil para todos nós. O Hamas quer assassinar a todos”, disse, destacando que o grupo extremista matou crianças, sequestrou idosos e massacrou os cidadãos. “O que aconteceu hoje não é visto em Israel – e vou garantir que não aconteça novamente. Todo o governo apoia esta decisão”, assegurou o primeiro-ministro israelense.
No pronunciamento, Netanyahu também agradeceu o apoio dos Estados Unidos e de outros países. “Falei hoje há algumas horas com o presidente Biden e com os líderes dos países do mundo para garantir a liberdade de ação de Israel para a continuação das ações.

Agradeço ao Presidente Biden pelas suas palavras claras e fortes. Agradeço ao Presidente francês, ao primeiro-ministro britânico e a muitos outros líderes pelo seu apoio sem reservas a Israel”, afirmou o primeiro-ministro israelense. Com informações da Associated Presse e Agência estado.

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