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quinta-feira, 28 março, 2024

Dia Mundial sem Tabaco: 8% dos fumantes que pegaram covid no ES não sobreviveram

Nesta segunda-feira (31) é comemorado o Dia Mundial sem Tabaco. Vale destacar que o tabagismo é uma das comorbidades da covid-19, ou seja, fumantes têm mais risco de ter complicações ao ter contato com o vírus.

Por Munik Vieira

Segundo o Painel Covid do Espírito Santo, desde o início da pandemia, em março do ano passado, mais de 6,6 mil fumantes foram diagnosticados com covid-19 no Estado. Desse total, 522 morreram.

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Os dados revelam ainda que os homens são maioria dos fumantes confirmados com o vírus (4 mil) e os que mais morreram pela doença (371).

Para a pneumologista Cilea Martins, covid-19 e tabagismo é uma relação perigosa e, dessa forma, o vírus pode atingir de forma mais agressiva os fumantes e ex-fumantes.

“O coronavírus pode agravar os sintomas em fumantes ou ex-fumantes. Não significa que o fumante, caso pegue covid-19, virá a óbito. Existem muitas pessoas que fumam e, mesmo assim, sobreviveram. Entretanto, o tabagismo se encaixa nas comorbidades por conta do comprometimento pulmonar. Isso favorece ao desenvolvimento dos sintomas graves da covid-19”, destaca.

Segundo pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), 34% dos fumantes brasileiros declararam ter aumentado o número de cigarros fumados durante a pandemia. Para o estudo, o crescimento está associado ao desgaste da saúde mental dos tabagistas, com piora de quadros de ansiedade e depressão.

Dados

No Brasil, aproximadamente 22 milhões de pessoas ainda fumam e, segundo a Organização Mundial da Saúde, mais de 400 pessoas morrem por dia por causa do cigarro.

São mais de R$100 bilhões gastos causados pelos danos do tabaco no sistema de saúde e econômico, o que faz o tabagismo ser considerado um problema que vai além do setor da saúde.

Em todo o mundo, o tabagismo matou 7,7 milhões de pessoas em 2019, ano em que o número mundial de fumantes aumentou para 1,1 bilhão. Os dados são da revista médica The Lancet.

Tratamento

No Espírito Santo, o tratamento ao fumante é ofertado em 52 municípios capixabas, por meio de uma equipe multidisciplinar.

O paciente que procura a unidade de saúde municipal participa das sessões em grupo e dependendo do grau de dependência é disponibilizada a medicação (adesivos, gomas, pastilhas e bupropiona).

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