Em abril, ministro divulgou 80 nomes citados por delatores da Operação Lava Jato.
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, excluiu o senador Ricardo Ferraço do inquérito que apura denúncias dos ex-executivos da Odebrecht. O pedido foi encaminhado para a presidente do STF, ministra Carmen Lúcia, nessa quinta-feira (21). O tucano foi o único capixaba citado na chamada “Lista de Fachin”, divulgada em abril. A relação contava com os nomes de nove ministros do governo Temer, 29 senadores e 42 deputados federais.
Em vídeo publicado na página do senador no Facebook, Ferraço comenta a.“A decisão do ministro Fachin revela uma confiança que eu sempre tive de que a justiça seria feita. Eu nunca tive e não tenho qualquer envolvimento com essa delinquência que foi revelada aos capixabas e aos brasileiros. Por isso mesmo, é o primeiro passo na direção de confirmar minha absoluta inocência”, declarou.
As investigações foram baseadas nos depoimentos de 40 dos 78 delatores da empresa. Os crimes mais frequentes descritos pelos delatores são de corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, e há também descrições a formação de cartel e fraude a licitações. No caso de Ricardo Ferraço, dois delatores teriam dito que passaram R$ 400 mil ao senador na campanha eleitoral de 2010. Na lista de propina da Odebrecht Ricardo Ferraço recebia o apelido de “Duro”.
Na época em que a lista foi divulgada, Ferraço negou as acusações. Ele ainda abriu mão do foro privilegiado e garantiu que provaria sua inocência. Ricardo Ferraço disse também nunca ter tratado do assunto com os delatores e que os processaria pelas denúncias.
Além de Ferraço, Fachin pediu a exclusão de outros três nomes: o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho (PMDB-PA), o senador Paulo Rocha (PT-PA) e o deputado federal Celso Russomanno (PRB-SP).