A expectativa é de que, ainda em setembro de 2024, o governo estadual apresente os resultados dos estudos de viabilidade técnica
Por Ludmila Azevedo
Uma opção que está sendo avaliada para garantir o abastecimento de água na região da Grande Vitória, onde vivem 49% dos habitantes do estado, é a dessalinização da água do mar. Por enquanto, a possibilidade está em fase de testes para verificar sua eficiência.
A expectativa é de que, ainda em setembro de 2024, o governo estadual apresente os resultados dos estudos de viabilidade técnica, econômico-financeira e jurídico-institucional conduzidos pelas empresas GS Inima Brasil LTDA, Promulti Engenharia Infraestrutura e Meio Ambiente, Consórcio Líder Infraway Estruturadora de Projetos LTDA e Hidrostudio Engenharia S/S.
Se os testes demonstrarem que a ideia é vantajosa, será construída uma usina de dessalinização com capacidade para converter 1.100 litros por segundo de água salgada em água doce. O subsecretário estadual de Gestão e Parcerias, Ricardo Pessanha, comentou que o projeto teria investimento aproximado de R$ 500 milhões e volume compatível para abastecer uma cidade com mais de 550 mil habitantes.
“O Espírito Santo assumiu o compromisso de melhorar a gestão hídrica, vencendo antigos desafios e buscando soluções inovadoras para garantir que toda a população tenha acesso a água potável de qualidade. Ano passado, acompanhamos o modelo de usina de dessalinização que está sendo operada no deserto do Atacama, no Chile, retirando água do oceano Pacífico para abastecer as comunidades próximas”, ressaltou.
Na iniciativa privada, a ArcelorMittal Tubarão já utiliza o método de dessalinização e usa nas suas operações a água do mar assim tratada, deixando os corpos hídricos locais à disposição da população da Grande Vitória.
*Matéria publicada originalmente na revista ES Brasil 222. Leia a edição completa do Anuário Verde sobre águas clicando aqui