Estado conclui até fevereiro o seu Plano de Descarbonização e Neutralização das Emissões de GEE.
Por Gustavo Costa
Em tempos de eventos como a 28ª conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP 28, realizada em Dubai, nos Emirados Árabes, o mundo inteiro se volta para questões relacionadas ao meio ambiente e a redução de redução das emissões de gases do efeito estufa. No Espírito Santo, isso já está tendo desdobramentos. O Estado se comprometeu a realizar ações com objetivo de reduzir ou até mesmo neutralização completamente às emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) até 2050.
Com previsão de ser terminado até fevereiro de 2024, o Plano de Descarbonização e Neutralização das Emissões de GEE do Espírito Santo trabalhará com diversos objetivos.
Segundo a engenheira e mentora de líderes para Economia Circular e Descarbonização, Simone Klein, o Plano engloba: o incentivo à transparência das indústrias instituições para o compartilhamento de suas práticas para descarbonização; o financiamento de projetos sustentáveis; a promoção da educação ambiental continuada para lideranças de todas as esferas, além de públicas, privadas, acadêmicas, inclusive nas escolas, para praticarem e entenderem a importância da descarbonização, visando uma construção de uma cultura para novos modelos de negócio; e a aceleração do uso de energias renováveis e dos conceitos da economia circular, por meio de subsídios, incentivos fiscais ou regulamentações que favoreçam a instalação de usinas solares, eólicas, além do uso do etanol e biocombustíveis.
De acordo com Klein, essa é uma grande iniciativa do Governo do Estado que prevê 24 ações, incluindo o aumento da geração de energia renovável, eficiência energética e a conservação ambiental. “Os benefícios, se todas as campanhas forem implementadas, refletirão em vários setores da sociedade, dentre eles: melhoria da qualidade do ar, redução dos desastres climáticos, a exemplo das tradicionais inundações, aumento de empregos verdes, aumento da segurança energética, e até a valorização dos imóveis. Sem dúvida o processo de descarbonização não é para amadores, mas aliado à economia circular, é o caminho para combatermos as mudanças climáticas e criarmos uma sociedade mais sustentável”, falou.
O Espírito Santo tem, no ponto de vista da engenheira, tudo para ser uma referência na transformação energética. “Agora é mãos à obra e implementar de fato as medidas estabelecidas no ‘Race to Zero’ e ‘Race to Resilience’”, finalizou Klein.