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segunda-feira, 22 abril, 2024

Especialista dá dicas para investir em criptomoedas com segurança

Na capital do Espírito Santo, Vitória, um tradicional restaurante anunciou que irá receber bitcoins e outras moedas

Por Victor Rodrigues

A primeira vez que as criptomoedas foram usadas “no mundo real” foi em 22 de maio de 2010, quando cerca de 10 mil bitcoins foram usados para comprar duas pizzas, na Flórida, nos Estados Unidos, a US$ 41 cada. O momento ficou conhecido como Pizza Day, e é celebrado todos os anos por entusiastas das criptomoedas.

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Atualmente, de forma bem discreta (mas crescente), alguns estabelecimentos começam a anunciar no Brasil o recebimento das criptomoedas como pagamento para seus serviços.
A rede Vitória Spa, localizada no interior de São Paulo, anunciou em junho o recebimento de criptomoedas como forma de pagamento pelos serviços prestados. A expectativa é que as criptomoedas cheguem a representar 15% do faturamento da empresa em até três anos.

No mundo do futebol, anunciada no início de setembro como uma parceria entre Corinthians e a plataforma de criptomoedas Socios.com, o fan token (FTO) $SCCP esgotou em menos de duas horas. Foram 850 mil unidades do criptoativo negociadas a US$ 2 cada (algo em torno de R$ 10,34) e que renderam R$ 8,789 milhões.

Na capital do Espírito Santo, Vitória, um tradicional restaurante anunciou que irá receber bitcoins e outras moedas.

Apesar do crescimento desse tipo de dinheiro totalmente digital, é necessário ter cautela ao investir. Isso porque há riscos. Um deles, por exemplo, é que apesar de ser uma moeda 100% digital a criptomoeda por ser “perdida” assim como o dinheiro em papel. “Se os investidores não forem cuidados correm o risco de “apagar” ou perder seus Bitcoins. Uma vez que o arquivo digital esteja perdido, o dinheiro está perdido, da mesma forma com dinheiro vivo de papel”, afirma o assessor de investimentos e Head Estratégico da Matriz Capital, Ricardo Aragon.

Outro ponto que merece atenção, segundo ele, é o fato de se tratar de um investimento de alto risco. Há uma grande volatilidade na moeda. “É comum registrar altas e baixas consideráveis nas criptomoedas. Isso acontece exatamente porque, aos poucos, elas ganham visibilidade, o que atrai muitos novos usuários e acaba sobrevalorizando o ativo”, explicou.

Ainda segundo o assessor de investimentos, o segredo está na dose. “Para clientes de perfil moderado, sugerimos uma alocação de até 1% do capital em ativos digitais. No caso dos agressivos, de 1% a 5%”, disse Aragon.

Fraudes

Para os “marinheiros de primeira viagem” no mundo das criptomoedas se arriscar por conta própria em um mercado novo, com pouco mais de dez anos, exige atenção e o ideal é consultar uma assessoria de investimentos.

Isso pode evitar surpresas desagradáveis. Recentemente, a Polícia Federal realizou mandados de prisão temporária e de busca e apreensão contra suspeitos de fraudes bilionárias com criptomoedas. Segundo investigações da operação Kryptos, uma empresa sediada na Região dos Lagos fluminense operava um esquema de Ponzi (pirâmide financeira).

O esquema era baseado na oferta pública de contrato de investimento, sem prévio registro nos órgãos regulatórios. Segundo a Polícia Federal (PF), a empresa especulava no mercado de criptomoedas, com uma previsão insustentável de retorno financeiro sobre o valor investido. Nos últimos seis anos, a movimentação financeira dessas empresas chegou a cifras bilionárias.

“Contratar um assessor de investimentos credenciado é a opção mais segura para entrar nesse mercado que tem tudo para crescer, porém ainda é novo com muitas incertezas”, finalizou Aragon.

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