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quinta-feira, 18 abril, 2024

Eleição municipal pode ser dividida em 2 dias, diz Barroso

Ministro Luís Roberto Barroso, que assume a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na próxima semana, diz que o objetivo é reduzir exposição de eleitores ao novo coronavírus

Por conta da pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2), o ministro Luís Roberto Barroso, que assume a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na próxima semana, informou que é possível que as eleições municipais deste ano tenham dois dias de votação.

Nesta sexta-feira (22), em Brasília, durante uma live promovida pelo jornal Valor Econômico, Barroso disse que “em vez de irmos até as 17h, irmos talvez até as 20h, e começar às 8h. Portanto, iríamos de 8h às 20h, 12 horas de votação. Esta é uma ideia, é uma possibilidade. Essa não depende de lei, podemos nós mesmos regulamentar no TSE”.

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Adiamento

Outro fator que está sendo estudado é a faixa etária dos eleitores. Segundo o ministro, sanitaristas deverão ser consultados para saber se idosos votando mais cedo, depois os mais jovens na hora do almoço, seria eficaz.

O ministro disse, ainda, que mantém diálogo constante com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), sobre o eventual adiamento do calendário eleitoral. Para a alteração do calendário, é necessária que o Congresso aprove uma proposta de emenda constitucional (PEC).

Além disso, a definição sobre o adiamento das eleições depende ainda da trajetória da curva de contaminação do novo coronavírus, afirmou Barroso. “Em meados de junho será o momento de se bater o martelo”, destacou.

Custos

O ministro afirmou que, para isso, seria preciso um gasto adicional de R$ 180 milhões, valor estimado pelo TSE para este dia, ou poderia expandir o horário de votação, para que dure 12 horas, o que teria um custo menor.

Segundo o consultor em Marketing Político e diretor executivo da República Marketing Político, Darlan Campos, hoje há uma crise de representação em que o cidadão reserva uma série de críticas, na maioria delas, com sua razão.

“Tudo o que diz a gastos no meio público geram comentários ruins. Por outro lado, precisamos entender que é necessário avançar nesse pensamento, até mesmo porque no Brasil a democracia é frágil. No século XX, por exemplo, houve diversas intervenções democráticas, como o golpe de Vargas em 1930 e 1937. Isso significa que devemos valorizar esses espaços, e essas discussões de gastos adicionais devem ser levadas à sério”, disse o consultor de Marketing Político.

Darlan reforçou que a votação será realizada em tempos de pandemia e que o assunto merece atenção. “Vai ser importante, no mínimo, alargar o tempo de votação ou colocar mais um dia para evitar aglomerações no processo de votação”, finalizou ele.

*Da redação, com informações da Agência Brasil.

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