Pacientes de Serra, Vitória e Viana recebem acompanhamento médico pelo Programa Estadual de Atenção Domiciliar
Por Kebim Tamanini
Pacientes com lesões, pneumonia, infecções urinárias e até doenças graves que requerem cuidados paliativos podem ser atendidos em casa nas cidades de Vitória, Serra e Viana. Desde agosto de 2022, cerca de 1.200 pessoas receberam esse tipo de atendimento pelo Programa Estadual de Atenção Domiciliar, conduzido pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), nos municípios de Serra, Vitória e Viana.
“A atenção domiciliar é a melhor opção de cuidado para esses pacientes. O programa leva atendimento médico e multiprofissional diretamente à casa dessas pessoas”, afirma Manoela Cassa Libardi, técnica em Atenção Domiciliar da Sesa, em entrevista à ES BRASIL.
Embora o programa ainda seja desconhecido por grande parte da população e em poucos lugares ofertados, ele oferece um cuidado mais humanizado e eficiente, permitindo que os pacientes sejam tratados em casa, o que inclui atendimento durante finais de semana e feriados. Essa abordagem não apenas melhora o conforto dos pacientes, ao mantê-los perto de seus familiares, mas também ajuda a liberar leitos hospitalares, essenciais para atender novos casos de mais complexidade.
Atualmente, o programa conta com duas equipes em Serra, duas em Vitória, uma em Viana e uma equipe especializada em atendimento pediátrico. As equipes são compostas por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas, técnicos de enfermagem e assistentes sociais, garantindo um atendimento multidisciplinar e abrangente.
Como funciona?
Manoela explica que, quando um paciente está internado e a equipe médica observa que ele pode continuar o tratamento em casa, o serviço de saúde aciona as equipes do Programa Melhor em Casa, no qual está inserido o Programa Estadual de Atenção Domiciliar.
“Há um formulário específico, criado pelo Ministério da Saúde, onde são registradas as condições clínicas do paciente. Esse formulário é encaminhado às equipes de atenção domiciliar, que avaliam se o paciente atende aos critérios do programa”, explica a técnica.
Os critérios incluem a condição clínica da doença de base, o ambiente familiar, a vulnerabilidade social e o uso de medicamentos. “O programa é bastante abrangente e não se limita a uma doença específica, mas à condição clínica do paciente. Dois pacientes com a mesma doença podem ter necessidades diferentes: um pode precisar de atendimento domiciliar, enquanto o outro não”, exemplifica Manoela.
Expansão
Sobre a expansão do programa, Manoela destaca que há a possibilidade de habilitar novas equipes, já que o sistema do Ministério da Saúde está sempre aberto para essa finalidade. “Nosso objetivo é incentivar que os municípios habilitem suas próprias equipes, uma vez que o programa prioriza a gestão municipal”, afirma. Ela acrescenta que municípios como Cariacica, Vila Velha e São Mateus já possuem o programa, sob responsabilidade municipal.