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sábado, 27 abril, 2024

Dia do médico: profissionais falam sobre os desafios atuais

Depois da luta contra a Covid-19, médicos falam sobre as dificuldades e incertezas do pós-pandemia 

Por Patrícia Battestin

Dia 18 de outubro é comemorado o Dia do Médico no Brasil. A data tem origem cristã, em que é celebrado Dia de São Lucas, um santo que em vida foi médico e, por isso, é considerado o protetor dos médicos pelos católicos. 

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Esses profissionais tem como missão salvar vidas. Nos últimos anos encararam um enorme desafio: atuar na linha de frente da pandemia da Covid-19. Uma pesquisa recente, divulgou uma triste realidade. Cerca de 4,5 mil profissionais da saúde no Brasil perderam a vida para o Novo Coronavírus. No Espírito Santo mais de 120 morreram em decorrência da doença. 

Com a vacinação e redução do número das internações e pacientes graves, surge um nova empreitada, encarar os efeitos pós-Covid. Reações que seguem como um mistério até cientistas e para aqueles que atuam a vários anos na área.

No Dia do Médico, a ES Brasil ouviu alguns médicos, que falaram sobre esses desafios, que vivem diariamente, mas sem perder o amor pela profissão. Veja abaixo o que falaram os profissionais.

Jessica
Jessica Polese – Pneumologista
Especialista em Medicina do Sono
Presidente da Associação Brasileira do Sono (Regional ES). Foto divulgação.

Rever essas doenças e trata-las

“Um grande desafio é diagnosticar e tratar as doenças que ficaram num segundo plano ou omitidas durante a epidemia do Coronavírus, onde toda a medicina foi voltada para tratar a Covid-19. Então doenças ficaram sem diagnóstico e sem tratamento como por exemplo câncer e doenças cardiovasculares. Então, precisamos rever essas doenças e trata-las o mais rápido o possível para que não tragam outras consequências. Outra coisa é em relação à saúde mental. Muito se tem falado em síndrome pós-Covid, sintomas neurológicos e psiquiátricos do Covid. Mas a gente não sabe o impacto da saúde mental, do aprendizado das crianças, dos jovens que ficaram tanto tempo sem estudar, ou privados do relacionamento social. Isso vai ter reflexos na saúde mental do aprendizado das crianças menores, principalmente”. Jessica Polese, Pneumologista, especialista em Medicina do Sono
Presidente da Associação Brasileira do Sono (Regional ES).

 

Moriane Lorenzoni,
Moriane Lorenzoni, cirurgiã vascular. Foto: divulgação.

Desospitalizar e salvar a vida do paciente

“O cenário da Medicina teve uma mudança muito importante no período pós-Covid no sentido de desospitalizar e salvar a vida do paciente. Na área vascular tivemos uma evolução nas técnicas cirúrgicas para doenças venosas. Hoje, percebemos uma maior valorização da área que antes era mais buscada para questões estéticas, como tratamento de varizes, por exemplo. Nosso desafio tem sido tratar as sequelas da doença que é multifatorial, sistêmica e inflamatória, comprometendo o sistema vascular. Além do tratamento, os pacientes também buscam prevenção, algo extremamente importante, pois as doenças vasculares são inúmeras e se não tratadas podem geram graves sequelas e até a morte.”  Moriane Lorenzoni, cirurgiã vascular.

 

Karina Mazini
Karina Mazzini – Dermatologista e Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Foto: divulgação.

Riscos das informações falsas

“Na pandemia, as redes sociais ganharam muito mais força porque era a maneira que as pessoas tinham de interagir naquele momento. Apesar de ter o seu lado bom, as redes sociais podem ser muito perigosas em relação a difusão de informações falsas. Muita gente compartilha soluções milagrosas que podem acabar colocando a vida do paciente em risco”. Doutora Karina Mazzini, dermatologista e Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)

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