Mudanças tecnológicas criam novos desafios para a profissão, diz diretora da Associação Brasileira de Advogados
Por Rafael Goulart
Além do Dia do Estudante, também é celebrado nesta sexta-feira (11 de agosto) o Dia do Advogado. Isso porque as duas celebrações compartilham de uma mesma história foi o advogado Celso Gand Ley quem sugeriu a criação do Dia do Estudante, de acordo com historiador Cláudio Fernandes.
A sugestão foi acatada pelos seus pares que participavam da celebração do centenário das duas primeiras faculdades de direito do Brasil, a de Olinda e do Largo São Francisco, em São Paulo, inauguradas por D. Pedro I em 11 de agosto de 1827.
São quase 200 anos de história e muitas mudanças desde então, se antes o acesso às faculdades era restrito aos mais abastados, hoje o Brasil é o segundo em números absolutos de advogados, só perdendo para Índia.
Além disso, as tecnologias e o próprio Direito estão em constante mudança colateral. Em entrevista no projeto “Desvendando o Jogo”, a diretora estadual da Associação Brasileira dos Advogados (ABA), Érica Neves, debateu os desafios da advocacia nesta terceira década do século 21.
“O número de advogados no nosso País é muito grande… Cada vez mais, os advogados precisam se qualificar em outras áreas complementares… Um caminho para o profissional, por exemplo, é a mediação de conflitos, considerando a morosidade da Justiça de uma maneira geral. Mas para trabalhar nessa área e ter o valor reconhecido, o advogado precisa desenvolver habilidades especificas”, explicou Érica.
Sobre a chegada das inteligências artificiais, ela destaca que “não tem como pensar em advocacia sem tecnologia” e alerta “precisamos atentar que a ética do advogado deve ser a mesma e a OAB/ES precisa ajudar os advogados com capacitações das mais diversas formas”.
