27.1 C
Vitória
quarta-feira, 8 maio, 2024

Dia da Consciência Negra: cinco livros para refletir sobre o tema

A data é celebrada no próximo domingo (20) e acende a discussão sobre o preconceito racial 

Por Patrícia Battestin

Segundo dados do IBGE de 2021, 56,1% da população brasileira se autodeclara como pretos e pardos. Já o estudo Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil, produzido pelo mesmo instituto em 2019, aponta que os negros constituem 64,2% da parcela da população desocupada e 66,1% da população subutilizada.

- Continua após a publicidade -

O mesmo estudo expõe que trabalhadores brancos ganham 45% a mais do que pretos e pardos por hora, mesmo tendo o mesmo nível de instrução. Diante de números significativos, há urgência para se falar sobre a inserção do negro na sociedade e discutir questões raciais.

Temas que discorram sobre falta de representatividade, discriminação, racismo, apropriação cultural e intolerância religiosa se fazem necessários. E a literatura é uma das formas de expressão para acabar com estereótipos vinculados ao preconceito. A seleção de livros abaixo traz o negro para o centro da narrativa, ao abordar a pauta antirracista e, também, revelar tramas vivenciadas pelos afrodescendentes.  

Negros Gigantes 
Negros Gigantes. Foto: divulgação.

Negros Gigantes

As personalidades que me fizeram chegar até aqui: neste livro, o gaúcho Alê Garcia, escritor finalista do Prêmio Jabuti, palestrante, criador do podcast Negro da Semana, apresentador do Omelete e um dos 20 creators negros mais inovadores do país, segundo a Forbes, brinda os leitores com um mergulho na própria vida e na de personalidades que o inspiraram e o empoderaram, mas que também foram marcadas pelo colonialismo enraizado. Entre os gigantes retratados na obra estão Lázaro Ramos, Elza Soares, Mano Brown, Martin Luther King, Chadwick Boseman e Emicida, que assumiram os próprios tronos e venceram os preconceitos. (Autor: Alê Garcia – Editora: Latitude – Páginas: 288 – Preço: R$ 64,90 – Onde encontrar: Amazon).

 

Vamos falar de racismo
Vamos falar de racismo. Foto: divulgação.

Vamos falar de racismo

O suposto “convívio pacífico” entre pessoas de diferentes origens é um mito que durante muito tempo foi associado ao Brasil. Somos, no entanto, um país racista – como comprovam as manifestações explícitas ou veladas de preconceito, as estatísticas e o acesso desigual ao estudo, ao emprego e às posições de destaque nos mais diversos setores da sociedade. O primeiro passo para se tornar antirracista é falar abertamente sobre o tema. As 100 questões deste livro-caixinha levam à reflexão, individual ou em grupo, e contribuem para a mudança efetiva de entendimento e de comportamento em relação ao assunto.  (Autores: Alexandra Loras e Maurício Oliveira – Editora: Matrix –  Páginas: 100 – Preço: R$ 43,00 – Onde encontrar:  Amazon).

 

uma leitura negra
Um leitura Negra. Foto: divulgação.

Uma leitura negra

Tem como elemento central o resgate da esperança para aqueles que sofrem as consequências do racismo. O livro propõe a prática da leitura da Bíblia e de sua interpretação a partir da rica herança da igreja negra, ou da “interpretação eclesiástica negra”, como denomina o autor. Esau McCaulley constrói uma sólida argumentação baseada na ortodoxia bíblica e um forte apelo étnico e social.  Nesta narrativa, as perspectivas bíblica e negra se encontram para dar respostas divinas ao sofrimento de toda uma comunidade. O autor aponta o caminho do diálogo multiétnico para a comunhão entre homens e mulheres criados à imagem e semelhança de Deus. (Autor: Esau McCaulley – Editora: Mundo Cristão –  Páginas: 192 – Preço: R$ 44,90 – Onde encontrar: Amazon).

 

A (des)educação do negro
A (des)educação do negro. Foto: divulgação.

A (des)educação do negro

Com prefácio de Emicida, esta edição do historiador Carter Godwin Woodson é uma das mais importantes sobre educação. Com exemplos práticos e soluções, Woodson demonstra que o sistema não prepara o estudante negro para o sucesso e, além disso, o impede de criar uma identidade própria, doutrinando-o para que assuma uma posição de pária social. O livro é um manual para libertar a mente do menosprezo pela ancestralidade africana. (Autor: Carter Godwin Woodson – Editora: Edipro –  Páginas: 128 – Preço: R$ 31,90 – Onde encontrar: Amazon)

 

 

A menina que ancestrou
A menina que ancestrou. Foto: divulgação.

A menina que ancestrou

A personagem principal desta história sente um grande orgulho porque toda a sua família é formada pelo amor sem preconceito. Filha de uma mãe com pele branca e de um pai com pele preta, Maria é fruto da miscigenação. Incompreendida pelos parentes e alvo de piadas por causa do seu cabelo, a criança levanta questionamentos sobre não se parecer com os pais. Nesta narrativa, a pedagoga e pós-graduada em Ludopedagogia, Aline Reflegria, cria o verbo “ancestrar” para destacar a importância de conhecer as origens. (Autora: Aline Reflegria – Ilustrador: Ramo – Páginas:16 |Preço: R$ 24,90 (eBook) | Onde encontrar: Amazon).

 

 

Entre para nosso grupo do WhatsApp

Receba nossas últimas notícias em primeira mão.

Matérias relacionadas

Continua após a publicidade

EDIÇÃO DIGITAL

Edição 220

RÁDIO ES BRASIL

Continua após publicidade

Vida Capixaba

- Continua após a publicidade -

Política e ECONOMIA