De acordo com o Banco Central, expansão da economia brasileira caiu de 2,4% para 2% neste ano
A previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil diminuiu, de acordo com o Banco Central (BC). Segundo o relatório trimestral de inflação, divulgado pela instituição nesta quinta-feira (28), o valor reduziu de 2,4% para 2% neste ano.
Entretanto, o desempenho da economia brasileira em 2018 foi decepcionante diante das expectativas iniciais. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o crescimento do PIB foi em apenas 1,1%.
O BC atribui essa redução a uma série de fatores, entre eles o acidente provocado pelo rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais, ocorrido em 25 de janeiro, por exemplo. Fatores como esse ajudam a reduzir o chamado “carregamento estatístico” da expansão de um ano para o outro.
A instituição acredita que está em linha com a expectativa do mercado financeiro. O próprio BC divulgou uma pesquisa na última semana passada em que mais de 100 bancos informam que a expectativa é de uma alta de 2% no PIB neste ano.
Inflação
O BC também afirmou que o índice da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), permaneceu em 3,9%. O BC projetou ainda que o IPCA vai somar 3,8% em 2020, mediante as projeções da economia.
Assim, a instituição elevou a projeção, que, em dezembro do ano passado, estava em 3,6% para o ano que vem. É importante considerar que a expectativa do BC, nesse cenário, era de que a inflação somaria 4% no fechamento de 2019 e, também, de 2020.
A meta central deste ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.
Taxa de juros
A instituição financeira afirmou, também, que essa estimativa ajuda na definição da taxa básica de juros, atualmente na mínima histórica de 6,5% ao ano, considerando que essa taxa é fixada todos os anos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
De acordo com a última ata do Comitê de Política Monetária (Copom), segue a sugestão de “observar o comportamento da economia brasileira ao longo do tempo” e acrescentou que “esta avaliação demanda tempo e não deverá ser concluída a curto prazo”.