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domingo, 28 abril, 2024

CPMI rejeita convocação de coordenador da Força Nacional

Oposição questiona se houve uso suficiente do efetivo durante os ataques

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro rejeitou nesta terça-feira, 3, a convocação do coronel Sandro Augusto de Sales Queiroz, comandante do Batalhão de Pronto Emprego da Força Nacional no dia do ataque aos prédios dos Três Poderes em Brasília. Governistas comemoraram a derrubada do requerimento, em sinal de vitória para o Planalto no colegiado. Os opositores tentavam votar, há semanas, a convocação do coronel para prestar depoimento à comissão.

Sem aviso prévio, o presidente da CPMI, deputado federal Arthur Maia (União-BA), colocou em votação o requerimento diante de um tumulto entre os parlamentares. Por 14 votos contrários à convocação e 10 favoráveis, a solicitação foi rejeitada e o coronel não será ouvido. A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), o senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) e o deputado Duarte Júnior (PSB-MA) aplaudiram a decisão.

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A comemoração foi criticada pela oposição. O deputado federal Mauricio Marcon (Podemos-RS) publicou nas redes sociais um vídeo mostrando o momento do resultado. Para os parlamentares opositores do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ministro da Justiça, Flávio Dino, foi omisso ao não acionar a Força Nacional para impedir o vandalismo aos prédios públicos. Eles também questionam se houve uso suficiente do efetivo durante os ataques.

Já os parlamentares da base governista alegam que era responsabilidade do governo do Distrito Federal autorizar a atuação da Força Nacional contra os extremistas. Eles querem ainda ouvir o general Walter Braga Netto, ex-ministro do governo de Jair Bolsonaro (PL). O depoimento do militar já foi adiado duas vezes. Maia chegou a dizer que a CPMI só ouviria o general se algum representante da Força Nacional fosse convocado, o que não ocorreu.

Na próxima quinta-feira, 5, o subtenente Beroaldo José de Freitas Júnior, do Batalhão de Policiamento de Choque da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), deve comparecer à comissão para depor. Ele pode ser o último a ser ouvido antes do encerramento da CPMI, previsto para o dia 17.

Depoimento

Nesta terça-feira, o colegiado recebeu o empresário Argino Bedin, suspeito de ter financiado os ataques aos prédios dos Três Poderes. Ele optou por ficar em silêncio. O direito a não responder perguntas potencialmente incriminatórias foi concedido ao “pai da soja”, como é conhecido, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli nesta segunda-feira, dia 2. Com informações de Agência Estado

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