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sexta-feira, 26 abril, 2024

CPI da Covid ouve ex-ministro da Saúde Nelson Teich

A CPI da Covid abriu pouco depois das 10h desta quarta-feira, 5, a sessão em que ouvirá o segundo ministro da Saúde do governo Bolsonaro, Nelson Teich, que ficou menos de um mês no cargo, entre abril e maio do ano passado.

Na abertura dos trabalhos, os senadores fizeram um minuto de silêncio em homenagem às mais de 411 mil pessoas mortas em decorrência da covid-19, com destaque para o ator e humorista Paulo Gustavo, que morreu na noite de ontem por complicações da doença. Teich começo a depor por volta das 10h40.

Sucessor de Luiz Henrique Mandetta no comando da Saúde, Nelson Teich saiu da pasta pressionado a ampliar o uso da cloroquina contra a covid-19, que à época já tinha causado quase 15 mil mortes no País.

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A participação mais expressiva de militares na gestão da pandemia começou a se consolidar durante os poucos dias que Teich passou à frente do ministério – uma forma de o governo tutelar os passos do oncologista. Foi nesse período que o general Eduardo Pazuello foi nomeado como secretário executivo do Ministério da Saúde, ficando a um passo de se tornar o titular da pasta.

“Eu não pediria jamais demissão do cargo”, diz Mandetta na CPI da Covid

Em depoimento à CPI da Covid, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) afirmou que jamais pediria demissão do posto. “Cargo de ministro em situação de pandemia, eu tinha um paciente doente”, afirmou Mandetta, que foi demitido pelo presidente Jair Bolsonaro em abril do ano passado.

Ele e o presidente se desentenderam publicamente sobre a estratégia de combate à doença. A opção do ex-ministro de manter as orientações da pasta a favor do isolamento social, enquanto o Bolsonaro já se colocava contrário a essas medidas, estremeceu a relação, afetada ainda pela defesa do presidente ao uso da cloroquina em pacientes da covid-19.

Ao ser questionado sobre a ordem pelo aumento da produção da cloroquina para tratamento de pessoas com covid-19, Mandetta afirmou que essa determinação não saiu do Ministério da Saúde, ao menos durante sua gestão.

“A única orientação sobre cloroquina que partiu do Ministério foi sobre o uso compassivo, quando não há outro recurso, para pacientes graves em ambiente hospitalar. A cloroquina tem margem de segurança estreita. Ela tem uma série de reações adversas e cuidados que devem ser feitos”, disse Mandetta, segundo quem a determinação de incentivo à produção e uso de cloroquina foi feita à margem da pasta.

*Com informações da Agência Estadão

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