Ele é um dos investigados da Operação Tempus Veritatis. O militar foi preso pela Policia Federal ao desembarcar em Brasília de sua viagem aos Estados Unidos
Por Cristiano Stefenoni
Mesmo em meio às festividades do Carnaval, a Polícia Federal segue com os trabalhos da Operação Tempus Veritatis. O coronel Bernardo Romão Correa Neto foi preso na madruga deste domingo (11), assim que desembarcou em Brasília, após chegar dos Estados Unidos. Ele é um dos suspeitos em participar de uma tentativa golpe de Estado e de abolição do Estado democrático de direito.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, já havia decretado a prisão preventiva do militar, e que teve a concordância da Procuradoria-Geral da República (PGR). Na hora da prisão no aeroporto, a PF ainda aprendeu um celular e três passaportes. Ele foi entregue à Polícia do Exército onde ficará sob custódia da instituição no Batalhão da Guarda Presidencial, em Brasília.
Já haviam sido presos na Operação na última quinta-feira: Filipe Martins (ex-assessor especial de Jair Bolsonaro), Marcelo Câmara (coronel da reserva do Exército e assessor do ex-presidente) e Rafael Martins (tenente-coronel do Exército). A prisão dos envolvidos foi justificada pela possibilidade de interferência nas investigações.
Correa Neto é investigado pela PF por conta de áudios com diálogos que o ligariam a Mauro Cid. O coronel seria o responsável em executar tarefas fora do Palácio da Alvorada, intermediar o convite para a reunião no dia 28 de novembro de 2022, em Brasília, selecionar oficiais formados no curso de forças especiais para a consumação do golpe de Estado. Com informações do G1