O enviado especial da Organização das Nações Unidas para a Síria, Staffan de Mistura, afirmou que as conversas de paz não serão retomadas em Genebra no dia 25, como ele anteriormente esperava.
De Mistura disse ao jornal sueco “Svenska Dagbladet” que não podia “realisticamente” levar as partes envolvidas no conflito sírio de volta à mesa de negociações, mas afirmou que espera conseguir isso em breve. Ele interrompeu as conversas mais recentes, realizadas em 5 de fevereiro, diante de grandes diferenças entre os dois lados. As divergências são exacerbadas diante dos vários ataques aéreos e dos conflitos em solo no país.
Em entrevista publicada no fim da quinta-feira no site do jornal sueco, o enviado especial da ONU disse que “nós precisamos de conversas reais sobre a paz, não apenas conversas sobre conversas”. Segundo ele, autoridades dos Estados Unidos e da Rússia precisam se reunir e concordar sobre um plano concreto para o fim das hostilidades.
Na Síria, um membro da coalizão de maioria curda no norte do país afirmou que tropas da Turquia têm realizado ataques contra suas posições em áreas fronteiriças, matando também civis. O integrante da coalizão Ahmad al-Omar, das Forças Democráticas Sírias, disse na sexta-feira que os ataques incluem várias áreas, entre elas a cidade de Jandairis.
O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos afirmou que os ataques no norte sírio duraram sete horas e mataram duas pessoas, deixando outras feridas.
A agência estatal turca disse que os militares turcos buscam avançar na campanha contra a milícia curda apoiada pelos EUA na Síria. Segundo a agência Anadolu, ataques turcos têm atingido posições da milícia perto da cidade de Azaz.
A Turquia culpou a milícia síria e também rebeldes curdos turcos pelo ataque com uma bomba que matou 28 pessoas em Ancara nesta semana. O país também pediu que seus aliados parem de apoiar a milícia. A milícia curda, porém, tem sido a mais eficiente na luta contra o Estado Islâmico na Síria.