Um bom planejamento desde os primeiros dias de janeiro reduz o risco de sustos com o seu dinheiro.
Por Gustavo Costa
A despeito do senso comum apontar que “o ano só começa para valer após o carnaval”, desde os primeiros dias de janeiro já se pode planejar muito do que será o ano. Desde os invitáveis Imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA) e Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), passando por material escolar, supermercado, lazer, muita coisa pode ser pensada. E isso é importante, já que haverá ainda o que não se pode prever.
Para a coordenadora de Educação no Ibef Social e estrategista em finanças, Sara Maiza, tudo passa por alguns passos fundamentais. “Em primeiro lugar, verificar o extrato do banco e destacar as principais contas que requerem atenção”, disse ela. Depois, elencou na sequência: “fazer uma gestão financeira, anotando as entradas e saídas; tomar consciência dos seus principais gatilhos de compra por impulso; planejar e fazer um orçamento doméstico com o que será utilizado no decorrer do ano; e poupar, criar reserva e investir”, disse.
A principal estratégia para lidar tanto com contas esperadas quanto as que vão surgindo, segundo Maiza, é fazer uma boa observação de como foi nos anos anteriores, além de contruir uma pequena gordura para casos especiais. “Ter um orçamento anual já prevendo esses custos fixos e todo mês colocar uma margem para imprevistos, observando o comportamento financeiro do ano anterior. “Construir mensalmente a reserva de segurança, direcionando no mínimo entre 10 e 20% da renda”, frisou ela.
“Não importa a velocidade e sim a constância”
Um bom controle financeiro requer disciplina e comprometimento. É o que diz o advogado tributarista e empresarial Weverton G. Rodrigues. Para ele, é fundamental se manter focado nos objetivos financeiros, fazendo ajustes sempre que necessário. “Vida financeira é como frequentar academia, não importa a velocidade, mas sim a constância”.
Para Rodrigues, avaliar as despesas e notar se há alguma área em que seja possível reduzir gastos para acomodar os custos extras é sempre uma boa ideia, eliminando os supérfluos, caso seja possível. Por falar nisso, ele lembra o grande impacto no longo prazo de pequenas contas rotineiras. “Às vezes, pequenas economias podem fazer uma grande diferença no longo prazo. Procure oportunidades de economizar em despesas diárias, como cafés fora de casa, refeições em restaurantes e outros extras que podem ser cortados ou reduzidos”, observou.
Por fim, existe a flexibilidade. Ter jogo de cintura nas finanças pessoais é ser adaptável. “Esteja preparado para ajustar seu orçamento e suas prioridades financeiras ao longo do ano. Nem sempre é possível prever todas as despesas inesperadas, mas esteja aberto a fazer ajustes em seu planejamento quando necessário”, finalizou.
