27.9 C
Vitória
quinta-feira, 2 maio, 2024

COI bane IBA, mas decide manter boxe nos Jogos Olímpicos

Os atritos entre COI e IBA datam de 2019, quando a entidade responsável pelo esporte olímpico suspendeu a IBA por questões de governança

O Comitê Olímpico Internacional (COI) baniu de forma definitiva a Associação Internacional de Boxe (IBA), nesta quinta-feira, encerrando uma “novela” de disputa com a entidade que já durava quatro anos. O COI, contudo, garantiu que o boxe seguirá no programa olímpico dos Jogos de Paris-2024.

A decisão de remover o reconhecimento da IBA foi tomada numa reunião extraordinária. Há duas semanas, o Comitê Executivo do COI tinha recomendado por esta decisão. E a votação foi a favor do banimento da IBA por 69 a 1, com dez abstenções. Em nenhum momento, o COI cogitou remover o boxe do programa olímpico de Paris-2024.

- Continua após a publicidade -

“Nós valorizamos muito o boxe como esporte. Temos um problema extremamente sério com o IBA por causa de sua governança. Os boxeadores merecem ser governados por uma federação internacional com integridade e transparência”, declarou o presidente do COI, Thomas Bach, aos demais membros da entidade, durante a reunião online.

Dois dias antes, a IBA já havia sofrido outra derrota, esta em âmbito da Corte Arbitral do Esporte. A CAS rejeitou o recurso da entidade, que havia tentado reverter a suspensão aplicada pelo COI, por não ter cumprido uma série de reformas.

Os atritos entre COI e IBA datam de 2019, quando a entidade responsável pelo esporte olímpico suspendeu a IBA por questões de governança, finanças, arbitragem e ética. Com isso, ela não pôde se envolver na realização dos eventos realizados nos Jogos Olímpicos de Tóquio, disputados em 2021.

A IBA não aceitou bem a decisão e a tratou como “verdadeiramente repugnante e puramente política”. As falas, inclusive, não foram bem aceitas pelo COI. “O Conselho Executivo do COI condena a linguagem violenta e ameaçadora usada pelo presidente da IBA, Umar Kremlev, contra vários indivíduos do COI”, afirmou.

Antes mesmo do banimento da IBA, o COI já vinha supervisionando as competições de boxes que serão classificatórias para Paris-2024, assim como fez para os Jogos de Tóquio. A entidade não deixou claro se os boxeadores ligados a federações afiliadas à IBA estarão em condições de disputar a Olimpíada.

O COI ainda fez questão de confirmar nesta quinta-feira que o boxe será mantido tanto no programa da próxima Olimpíada quanto na edição de Los Angeles-2028.

A modalidade é boa para os negócios olímpicos com amplo apelo, uma vez que 25 países diferentes ganharam medalhas no boxe em Tóquio, com nove levando o ouro. O COI disse repetidamente que seu problema era com os oficiais do boxe, não com seus atletas. “Apreciamos o boxe como um dos esportes mais globais. Nós abraçamos os valores do boxe”, disse Bach, elogiando o “importante papel social do esporte na promoção da inclusão”. Com informações Agência Estado

Entre para nosso grupo do WhatsApp

Receba nossas últimas notícias em primeira mão.

Matérias relacionadas

Continua após a publicidade

EDIÇÃO DIGITAL

Edição 220

RÁDIO ES BRASIL

Continua após publicidade

Vida Capixaba

- Continua após a publicidade -

Política e ECONOMIA