O Ministério de Esportes do país alegou que Cissé “não cumpriu com as atribuições e objetivos traçados” para a Copa do Mundo do Catar e a Copa Africana das Nações
Chegou ao fim nesta quinta-feira a passagem do técnico Aliou Cissé pela seleção de Senegal. Campeão da Copa Africana das Nações em 2021 após cair na decisão de 2019, o comandante foi demitido após pedido do governo do país, alegando “descontentamento” com o rendimento atual. O treinador de 48 anos ainda havia seleção a equipe às Copas do Mundo de 2018 e 2022.
Mesmo com a seleção senegalesa invicta há 14 partidas, a renovação do contrato vencido desde o dia 31 de agosto não ocorreu por causa de decisão do novo Ministério dos Esportes de Senegal, comandado pela ministra Kahdy Diéne Gaye. Sob administração do presidente Bassirou Diomaye Faye e responsável pelo pagamento dos salários de Cissé, o órgão se mostrou desgostoso com o treinador após queda precoce na atual edição da Copa Africana das Nações e avisou a Federação Senegalesa de Futebol (FSF) que haveria a troca no comando.
“De capitão emblemático a treinador lendário, você escreveu as páginas mais bonitas da história do futebol senegalês. O seu patriotismo, o seu sentido de dever e sacrifício foram um reflexo vivo dos nossos sucessos. Obrigado por tudo treinador Aliou Cissé. Muito obrigado e boa sorte”, foi a mensagem de agradecimento da autoridade federal para o agora ex-treinador da seleção.
O Ministério de Esportes de Senegal alegou que Cissé “não cumpriu com as atribuições e objetivos traçados” para a Copa do Mundo do Catar e a Copa Africana das Nações e por isso a troca acabou inevitável – um novo nome ainda será anunciado. A meta era ir até as quartas da Copa (Senegal perdeu nas oitavas da Inglaterra) e ganhar novamente a CAN.
A decisão pegou muita gente de surpresa e os principais jogadores da seleção, casos de Saído Mané, o goleiro Mendy e o capitão Koulibaly escreveram mensagens de agradecimento ao treinador em suas redes sociais.
“Você foi a personificação positiva da nossa seleção durante esta década. O seu tempo à margem da nossa seleção não será em vão. Lembraremos em você um homem que ama a bandeira de seu país e que lutou para elevar nossas cores. Obrigado campeão pelos seus serviços!”, escreveu Mané. (Agência Estado)