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sábado, 27 abril, 2024

Cerveja artesanal pode ficar mais barata na Grande Vitória

Produção local de lúpulo pode baratear cervejas artesanais no Espírito Santo, aponta secretário do Polo Cervejeiro de Viana

Por Rafael Goulart

Nesta sexta-feira (18), Viana irá sediar o 2º Seminário Capixaba do Fomento ao Lúpulo e da Cadeia Cervejeira, evento que acontece no Teatro Municipal, no Centro, com inscrições gratuitas e abertas para produtores, investidores e pessoas interessadas na área.

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O Espírito Santo, conta hoje com 60 cervejarias certificadas pelo Ministério da Agricultura, único órgão responsável para dar qualificação. Dessas, quatro estão operando no município de Viana, que irá sediar nesta sexta-feira, o 2º Seminário Capixaba do Fomento ao Lúpulo e da Cadeia Cervejeira.

A produção do insumo para o segmento cervejeiro pode impactar significativamente nos preços praticados pelas produções artesanais, por exemplo, já que o lúpulo chega a custar R$ 300,00 por quilo no mercado brasileiro e pode ter uma redução de mais de 50% nesse valor a partir da produção local.

O lúpulo é um dos botânicos presentes na cerveja, que tem passado por mudanças de consumos nos últimos anos, desde a ascensão da produção artesanal, e criado novas demandas de mercado.

“O lúpulo é como se fosse o tempero da cerveja, dependendo do tipo de lúpulo que você coloca na cerveja você vai ter um tipo de cerveja, uma ipa, uma apa, uma red, uma blond e outras. Então, o lúpulo, ele é colocado na cerveja para que a cerveja tenha sabor”, explicou o secretário executivo do Polo Cervejeiro de Viana, Francisco Sizino.

Em Viana, a planta da família da Cannabaceae é produzida em dois campos privados, nas localidades de Jacarandá e Bonito, e um campo público, no Viveiro Municipal de Viana Sede. A produção está abastecendo as cervejarias do município e outras duas em Vila Velha.

A primeira safra produzida no município – por um só produtor – rendeu cerca de 250 quilos e foi vendida por R$ 110,00 o quilo, de acordo com Francisco, que lembrou que o lúpulo não é uma planta de tempo frio, como muita gente acredita, “tem gente que acha que o lúpulo só prospera em tempo frio, em clima temperado, como na Europa”, destacou.

“A gente tem produção de lúpulo em climas quentes no Brasil, na verdade o que é mais importante para essa planta é a latitude e o tempo de exposição à luminosidade para que ele produza mais. Para você ter uma ideia, no Brasil a gente tem de duas a três produções por ano, em Brasília que tem clima quente, por exemplo. Na Europa só tem uma, porque o frio faz com que a planta entre em dormência” contou.

Além do setor da cervejaria, o lúpulo também pode atender outros segmentos: O lúpulo tem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, por isso está sendo utilizado como fármaco – há um estudo da USP que orienta a utilização do lúpulo em criação de aves para substituir antibióticos – e também como cosmético em cremes e produtos para a pele, além de também ser consumido na forma de chá, lembrou Sizino.

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