Eduardo Bartolomeo disse que preço do minério de ferro deve ser pautado apenas pela oferta e demanda.
Por Gustavo Costa
Embora a China seja o maior importador mundial de minério de ferro, não necessariamente deve partir dela o privilégio de definir o valor do insumo para o resto do mundo. É o que falou o CEO da Vale, Eduardo Bartolomeo, em entrevista à Bloomberg.
O país asiático tenta aumentar o controle sobre o mercado de minério de ferro da Vale e de suas duas rivais australianas, a BHP e a Rio Tinto. “A regra da economia irá guiar o preço, a regra significa oferta e demanda. Eles não podem impor algo”, enfatizou ele em Londres, antes do encontro anual com investidores da mineradora.
O insumo subiu aproximadamente 16% nas últimas semanas, graças ao apoio do governo chinês ao setor imobiliário, atualmente em crise. O minério de ferro é negociado na casa de US$ 129 a tonelada.
A China causou polêmica no ano passado quando criou a China Mineral Resources Group, uma nova estatal que tenta aumentar sua influência sobre os preços. O governo chinês se queixa há tempos do que define como poder em exagero das três principais mineradoras.