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sábado, 27 abril, 2024

Cartilha ajuda a monitorar sinais de atraso no desenvolvimento infantil

Publicação da Sociedade Brasileira de Pediatria orienta os pais e profissionais sobre as etapas de crescimento de crianças de dois meses a cinco anos

Por Kebim Tamanini

A chegada de um bebê é um momento mágico, repleto de expectativas e sonhos para os pais. Desde o primeiro sorriso até os primeiros passos, cada marco do desenvolvimento na vida de uma criança é motivo de celebração e fascínio. Reconhecendo a importância desse período e a necessidade de orientação para os pais, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), em colaboração com a Sociedade Paraibana de Pediatria (SPP), lançou recentemente a “Cartilha de Desenvolvimento – 2 meses a 5 anos” para fornecer informações valiosas para pais e profissionais da saúde de lactentes e crianças durante os primeiros anos de vida.

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“A intenção é que o material seja útil para profissionais da área da saúde, bem como familiares que desejam acompanhar as etapas do desenvolvimento neuropsicomotor de lactentes e crianças. Essa detecção de algum atraso permite instituir o mais rápido possível ações e intervenções adequadas”, afirma o presidente da SBP, Clóvis Francisco Constantino.

Existem aspectos do desenvolvimento que são universais e devem ser monitorados de perto. Quando uma criança não atinge certas habilidades esperadas para sua faixa etária, pode ser um sinal de atraso no desenvolvimento.

As causas de atrasos no desenvolvimento são diversas e podem incluir fatores genéticos, neurológicos e ambientais. Entre os fatores neurológicos, destacam-se os transtornos do neurodesenvolvimento, como o transtorno do espectro autista (TEA), o transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), o transtorno do desenvolvimento intelectual e a paralisia cerebral. Além disso, condições genéticas, complicações durante a gravidez e o parto, subnutrição, infecções congênitas e deficiências sensoriais também podem contribuir para atrasos no desenvolvimento.

“É fundamental que os pais mantenham um diálogo bem-informado com os pediatras de seus filhos. Questões como: “Quais são as coisas que seu bebê gosta de fazer?”; “Há algo que seu bebê faz ou deixa de fazer que o preocupa?”; ou ainda “Seu bebê perdeu alguma habilidade que já teve?” são observações que ajudam a enriquecer o cenário de análise do especialista e contribui para uma melhor assistência”, pontua o membro do Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Paraibana de Pediatria (SPP), Flávio Melo.

A “Cartilha de Desenvolvimento” serve como uma ferramenta valiosa para orientar e capacitar aqueles que estão envolvidos no cuidado e na educação das crianças durante os anos fundamentais de crescimento e desenvolvimento. 

Confira o exemplar que orienta os pais e profissionais sobre as etapas de crescimento de crianças de dois meses a cinco anos
Aprender a andar é uma das conquistas mais importantes da vida da criança. Foto: Thinkstock

Marcos do desenvolvimento

Os marcos do desenvolvimento são uma série de habilidades que as crianças devem alcançar em determinadas idades. Os mais importantes ocorrem nos primeiros anos de vida e abrangem aspectos motores, cognitivos, socioemocionais e linguísticos.

“Existem comportamentos específicos que denominamos ‘marcos do desenvolvimento’, como a emissão de determinados sons pelo bebê, a capacidade de puxar brinquedos ou movimentar-se no berço. A cartilha é um recurso didático que descreve esses ‘marcos’ esperados para cada fase. A ideia é que os pais marquem o que seus bebês já conseguem fazer e discutam essas observações com o pediatra durante as consultas”, explica o presidente da SBP.

A seguir, destacamos alguns dos principais marcos de desenvolvimento que podem ser observados nos primeiros anos de vida da criança:

Desenvolvimento motor

  • 2 a 3 meses: sustentar a cabeça;
  • 4 meses: agarrar objetos;
  • 6 a 7 meses: sentar-se sem apoio;
  • 10 meses: ficar de pé;
  • Até 1 ano e 4 meses: andar sem apoio.

Desenvolvimento da linguagem

  • Ao nascer: reconhecer a voz da mãe e reagir a sons (o bebê escuta desde o útero);
  • 2 a 3 meses: emitir vogais;
  • 7 meses: começar a entender “não” e atender ao próprio nome;
  • 9 meses: balbucios silábicos (como “mamama” ou “dadada”, por exemplo);
  • Em torno de 1 ano: falar as primeiras palavras funcionais;
  • 3 anos: conseguir manter um diálogo, mesmo com desconhecidos.

Desenvolvimento socioemocional

  • 2 meses: sorrir em resposta e estímulos;
  • 9 meses: demonstrar medo de pessoas estranhas;
  • 1 ano: pedir e compartilhar brinquedos.

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