24.9 C
Vitória
domingo, 28 abril, 2024

Câncer de mama: uma a cada oito mulheres terão a doença

As consequências de diagnóstico tardio podem comprometer a qualidade de vida da paciente, que desenvolvem formas mais graves de câncer 

Outubro é o mês escolhido para a campanha do Outubro Rosa, que tem como objetivo informar e conscientizar a população sobre o câncer de mama. Um levantamento divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que serão identificados 66,2 mil novos casos de câncer de mama em 2022, cerca de 43,74 casos a cada 100 mil mulheres.

No Brasil, esse tipo de câncer acomete 29,7% das mulheres, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca). Dra. Caroline Rigolon, mastologista do Complexo Hospitalar de Niterói (CHN Mulher), pertencente à Dasa, a maior rede de saúde integrada do Brasil, diz que o ideal é que a paciente faça visitas regulares ao mastologista, pois este acompanhamento ajuda na identificação de possíveis sinais de atenção.

- Continua após a publicidade -

Mudanças no volume das mamas e no formato, identificação de ínguas e feridas, alterações no mamilo ou na pele, presença de nodulações ou alguma consistência persistente são alguns sinais de alerta que indicam a necessidade de procurar um especialista. Pacientes com fatores de risco, como histórico familiar, ou a partir dos 40 anos, que é a idade indicada para iniciar o rastreio, mesmo sem sintomas, devem fazer as consultas periódicas

A incidência da doença antes dos 40 anos é menor, – mas, após essa idade, aumenta progressivamente, por isso a mulher deve realizar mamografias anuais, conforme orientação da Sociedade Brasileira de Mastologia

“Essa característica pode ter diversos motivos, principalmente pela doença não ter uma causa específica. O envelhecimento do organismo e hábitos não saudáveis influenciam na aparição de comorbidades”, esclarece a dra. Daniela Selano, coordenadora do CHN Mulher.

Vale lembrar que, atualmente, o autoexame não é mais considerado uma forma eficaz de identificação da doença, tendo em vista que o método não é útil no diagnóstico precoce. Hoje, a orientação é que as mulheres tenham atenção às mamas e conheçam seu corpo, para que consigam reconhecer se alguma anormalidade aparecer no período interconsultas.

“Muitas vezes, o autoexame gera grande ansiedade porque as mulheres se tocam e acabam achando alterações que nem sempre são significantes. Quando há uma alteração tão intensa a ponto de ser apalpada e de a mulher perceber, é sinal de que a doença está em um estágio um pouco mais avançado. O ideal é que façamos um diagnóstico mais precoce. Para isso, o autoexame não resolve, é preciso a realização da mamografia” – reforça a Dra. Caroline. “Muitas mulheres, ao realizarem o autoexame, podem acreditar não ser necessária avaliação do especialista ou a mamografia, o que é um grande equívoco”, acrescenta.

As consequências de um diagnóstico tardio podem comprometer a qualidade de vida da paciente, como pontua a coordenadora do CHN Mulher: “Esses tumores progridem com o passar do tempo, por isso a atenção com as mamas deve ser constante. Fazer exames para a detecção precoce da doença é capaz de aumentar em 90% a chance de cura.”

A mamografia é o exame mais importante para a detecção do câncer de mama de forma precoce, isso porque ela é capaz de identificar nódulos e tumores em seu estágio inicial. Como explica a Dra. Caroline: “A mamografia consegue identificar lesões impalpáveis, silenciosas e de melhor prognóstico. Com ela, conseguimos, portanto, reduzir a mortalidade por câncer de mama.”

Com o avanço da idade, a necessidade de manter os check-ups em dia aumenta, principalmente após os 40 anos. Acompanhamento de um especialista e exames de rotina são fundamentais para investigar possíveis fatores de risco e aumentar as chances de cura com um diagnóstico precoce.

Com informações de Agência Estado

Entre para nosso grupo do WhatsApp

Receba nossas últimas notícias em primeira mão.

Matérias relacionadas

Continua após a publicidade

EDIÇÃO DIGITAL

Edição 220

RÁDIO ES BRASIL

Continua após publicidade

Vida Capixaba

- Continua após a publicidade -

Política e ECONOMIA