Caixa libera uso de FGTS Futuro para financiamento imobiliário

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Sonho da casa própria mais perto: agora recursos que ainda serão depositados no fundo do trabalhador podem ser usados. Foto: Reprodução.

Novidade está disponível para quem tem renda de até R$ 2.640, na primeira faixa do Minha Casa, Minha Vida.

Por Gustavo Costa

A Caixa Econômica Federal deu início nesta segunda-feira (8) as contratações de financiamento imobiliário com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) Futuro, modalidade que permite o uso de recursos que ainda serão depositados no fundo do trabalhador para complementar ou reduzir o valor do financiamento de imóveis pelo Minha Casa, Minha Vida (MCMV).

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A operação está disponível aos trabalhadores com renda de até R$ 2.640, para aquisição de imóveis novos e usados pelo programa habitacional. Com a renda anunciada, poderão participar pessoas que compõem a faixa 1 do MCMV.

O diretor do Sindicato das Empresas de Administração, Comercialização e Atividades Imobiliárias no Espírito Santo (Secovi-ES), Ricardo Gava, explica que o trabalhador poderá financiar quantos imóveis a renda permitir, lembrando que o valor financiado se mantém, na maioria dos casos, em até 80% do valor, embora alguns bancos permitam um percentual um pouco maior (90%).

Além disso, Gava enfatiza que não existe um valor fixo. “Em média, gasta-se 5% do valor do imóvel, que pode variar de acordo com os valores da operação. Esses custos devem ser pagos à vista no momento da assinatura do contrato de financiamento com o banco. Esse valor é pago para a prefeitura (ITBI), Cartório de Registro de Imóvel e banco (Tarifa de avaliação do bem). Isso é necessário para a transmissão do bem em nome do antigo vendedor para o comprador”, frisou.

O FGTS Futuro pode ser usado apenas para imóveis escriturados, lembra ainda o diretor do Secovi-ES. “Os imóveis elegíveis para financiamento bancário são aqueles que estão 100% regulares na prefeitura e no cartório. Isso é uma vantagem do financiamento imobiliário”, explicou ele.

Outro detalhe é que por essa nova modalidade, o comprador do imóvel pode mudar seu financiamento de banco, sendo necessário estar atento as condições de taxas que variam de acordo com o momento econômico e que sejam melhores em outras entidades.

Fases do Financiamento:

Simulação: identifica a melhor taxa e condição para os proponentes.

Aprovação: aqui entra a análise do crédito por parte do banco;

Avaliação do imóvel: como o imóvel é a garantia da operação, o banco envia empresa terceirizada de engenharia para verificar as condições do imóvel, se está apto à ser habitável e ainda precificar o imóvel para de venda se for necessário retomado pelo banco.

Análise jurídica ou Conformidade: é a última etapa do processo antes da assinatura. Nesta etapa o banco analisa criteriosamente a documentação dos compradores, vendedores e imóvel antes de gerar a minuta.

Assinatura: nesse momento as partes assinam o contrato de financiamento com as condições previamente acordadas.

Registro: para que o financiamento bancário seja pago a parte vendedora, é necessário que primeiro o imóvel seja registrado em nome dos compradores junto aos órgãos competentes (prefeitura e cartório de registro imobiliário) . 

Fonte: Ricardo Gava, diretor do Secovi-ES.