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sábado, 7 DE dezembro DE 2024

Brasil tem 207,75 milhões de habitantes, mostra prévia do IBGE

As estimativas são calculadas pelo IBGE com base no Censo mais recente, usando modelos de crescimento populacional

O Brasil tem 207.750.291 habitantes, mostra uma estimativa da população calculada já com dados prévios do Censo 2022, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados foram entregues ao Tribunal de Contas da União (TCU) nesta quarta-feira (28).

Conforme as estimavas com base na prévia do Censo 2022, a Região Sudeste se manteve como a mais populosa do País, com 87.348.223 habitantes. Em São Paulo vivem 46.024.937 pessoas. Em Minas Gerais, segundo Estado mais populoso, vivem 20.732.660. No Rio, são 16.615.526 habitantes.

A Região Nordeste tem 55.389.382 habitantes, segundo a estimava com base na prévia do Censo 2022. Na Região Sul vivem 30.685 598, enquanto a Região Norte tem 17.834.762 habitantes e a Região Centro-Oeste, 16.492.326.

As estimativas da população por município são entregues pelo IBGE ao TCU todos os anos. A informação é utilizada para o cálculo da repartição do Fundo Nacional de Participação dos Municípios (FPM), que repassa recursos federais às prefeituras, e para determinar as quantidades de vereadores e de deputados federais e estaduais em todo o País. Após a entrega ao TCU, as informações serão publicadas no Diário Oficial da União (DOU).

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Normalmente, as estimativas são calculadas com base no Censo mais recente, utilizando modelos de crescimento populacional. Pelo calendário tradicional do IBGE, a mais completa pesquisa populacional do País é realizada a cada dez anos, mas o Censo 2020 foi adiado por causa da pandemia. Após sucessivos adiamentos e problemas orçamentários, a pesquisa foi finalmente confirmada para este ano.

Desde o início do processo, o IBGE vinha informando que haveria tempo hábil de usar os dados do Censo 2022 para informar o tamanho da população atualizado ao TCU no fim do ano. Só que os atrasos se espalharam também para o período de coleta das informações, ou seja, o trabalho de visitar cada domicílio do País.

Com os atrasos, o IBGE agora estima que terá as primeiras informações completas do Censo 2022 apenas em março próximo, disse o diretor de Pesquisa do IBGE, Cimar Azeredo – os recenseadores ainda estão em campo, coletando as informações.

Diante dos atrasos, o IBGE decidiu calcular a estimativa anual da população para o TCU, com base em informações preliminares já coletadas pelo Censo 2022. A data de corte foi 25 de dezembro último.

Segundo Azeredo, a estimativa foi calculada com dados de municípios já recenseados completamente e com imputações e estimativas estatísticas para as cidades onde a coleta está atrasada. Até a terça-feira, 27, o Censo 2022 contou 178,642 milhões de brasileiros em todo o País, ou 83,8% da população total estimada.

Na terça-feira, 27, Azeredo reconheceu que a coleta das informações do Censo, iniciada em 1º de agosto passado, deverá se estender até pelo menos fevereiro próximo, quando o instituto espera cumprir a etapa de verificação de informações coletadas, revisita a domicílios com moradores ausentes e a lares onde houve recusa de moradores, ou endereços que foram relatados pelos recenseadores como não ocupados.

Conforme o IBGE, mais de 4 mil municípios já atingiram cerca de 99% da população estimada como recenseada. A coleta está mais atrasada, aquém dos 80%, em apenas 111 cidades, predominantemente de grande porte, como São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, contou.

Até a terça-feira, 27, os recenseadores já tinham visitado 87,786 milhões de domicílios. O recenseamento está mais avançado no Piauí, onde 96,8% da população estimada já foi recenseada, seguido por Santa Catarina (92,7%), Paraíba (92,2%), Sergipe (92,0%), Rio Grande do Norte (90,4%) e Alagoas (90,1%). Os estados com a coleta mais atrasada são Amapá (73,3%), Mato Grosso (74,8%), Espírito Santo (75,8%) e São Paulo (76,1%).

Desde o início dos sucessivos atrasos no prazo para coletar as informações do Censo 2022, o IBGE vem citando como principal motivo para o problema a falta de recenseadores.

Para os diretores do órgão, o mercado de trabalho aquecido tem diminuído o interesse de trabalhadores em potencial no emprego temporário de pesquisador – a operação do Censo exige a contratação temporária de em torno de 200 mil recenseadores, que têm a missão de visitar todos os domicílios do País.

Desde o início do trabalho de campo, têm sido registradas queixas de recenseadores sobre remunerações baixas e demora no pagamento. A dificuldade de recrutar e manter os recenseadores atuando na coleta forçou o instituto a prorrogar o trabalho, previsto inicialmente para se estender entre 1º de agosto a 31 de outubro.

O IBGE já treinou quase 200 mil recenseadores, mas nunca alcançou o patamar necessário de trabalhadores efetivamente atuando em campo para cumprir o prazo de coleta previsto.

Azeredo informou na terça-feira, 27, que há cerca de 50 mil recenseadores em atividade atualmente nos diferentes Estados. Uma solução para a ausência de temporários foi deslocar trabalhadores de regiões recenseadas para outras que ainda precisavam de trabalho de campo. O instituto também firmou convênios com outros órgãos públicos para recrutar servidores como recenseadores.

O IBGE lançou ainda o Disque-Censo 137. Através do serviço, os moradores podem checar se alguém do domicílio já respondeu ao Censo e, caso contrário, podem agendar uma visita do recenseador à sua casa. A ligação para o número de telefone 137, disponibilizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) como um serviço de utilidade pública, é gratuita e pode ser feita de telefone fixo ou celular.

O serviço já atende a municípios em todos os Estados, sendo disponibilizado de forma gradativa de acordo com o andamento da coleta em cada local. É possível checar no site do IBGE em quais municípios o Disque-Censo já está disponível.

Com informações de Agência Estado

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