Circulação do sorotipo 3 preocupa autoridades de saúde no Sudeste. Espírito Santo contabiliza mais de 15 mil casos prováveis em janeiro
Por Fabio Gabriel
O Brasil registrou 170.376 casos prováveis de dengue em janeiro de 2025, com 38 mortes confirmadas e 201 óbitos em investigação. Segundo o Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde, o coeficiente de incidência atual é de 80,1 casos por 100 mil habitantes.
Entre os estados com maior número absoluto de casos, São Paulo lidera com 100.025 registros, seguido por Minas Gerais (18.402), Paraná (9.424) e Goiás (8.683). O Sudeste tem sido motivo de preocupação, com São Paulo apresentando o dobro de casos em comparação ao mesmo período de 2024. “Estamos observando semana a semana uma duplicação dos números, o que é preocupante”, destacou o secretário-adjunto de Vigilância em Saúde, Rivaldo Venâncio.
Venâncio também alertou para a presença crescente do sorotipo 3 da dengue, que não circulava intensamente no Brasil há anos. “Desde julho de 2024, a detecção do tipo 3 tem aumentado mês a mês. Onde ainda não apareceu, provavelmente é questão de tempo, infelizmente”, afirmou.


Casos no ES
No Espírito Santo, foram registrados 15.250 casos prováveis em janeiro, dos quais 3.082 foram confirmados. A taxa de incidência estadual é de 397,79 casos por 100 mil habitantes, colocando boa parte dos municípios em situação de alerta.
A Secretaria de Saúde do Estado destacou que a eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti segue sendo uma das medidas mais eficazes para o controle da doença. A limpeza de quintais, remoção de recipientes que acumulam água e escovação de bordas de vasilhas são orientações fundamentais.
Além disso, ações de fiscalização e campanhas educativas têm sido intensificadas para conscientizar a população. “A taxa de incidência é um importante indicador de alerta, e cada cidadão precisa colaborar para combater o mosquito”, reforçou a pasta.
Com a chegada do período de chuvas, as autoridades orientam a população a redobrar a vigilância nos domicílios para prevenir novos focos do mosquito Aedes aegypti. O engajamento comunitário é fundamental para evitar uma escalada ainda maior dos casos. Outra medida de combate à doença é a vacina, direcionada especificamente ao público infantojuvenil.