Câncer de pele depende do diagnóstico precoce para sucesso no tratamento, que afeta pacientes de pele clara em maior quantidade
O câncer de pele corresponde a cerca de um terço de todos os casos de Câncer diagnosticados no Brasil. Dados do INCA, o Instituto Nacional do Câncer, apontam que são registrados cerca de 185 mil novos casos de Câncer de Pele todos os anos.
Para 2022, o Brasil deve registrar cerca de 4,03 casos novos de melanoma a cada 100 mil homens e 3,94 para cada 100 mil mulheres, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). O câncer de pele é o tipo de câncer mais comum. Embora o melanoma represente somente 1% dos casos da doença, ele é responsável pela maioria das mortes causadas por esse tipo de câncer no Brasil.
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O principal alerta é para os casos de câncer de pele tipo melanoma. Quando diagnosticado em estágio inicial, há uma grande chance de cura. No entanto, a doença pode avançar para a fase metastática. “O melanoma metastático continua sendo uma situação muito grave. O tratamento nesse cenário avançou muito graças à terapia-alvo e, sobretudo, à imunoterapia, com sobrevida à longo prazo em torno de 50% para os pacientes que têm acesso. Infelizmente, sabemos que nem todos têm. Precisamos sempre dar muita ênfase na prevenção e no diagnóstico precoce, além de brigar pelo acesso às novas terapias”, destaca Milton Barros, oncologista clínico do AC Camargo Cancer Center e vice-líder do Centro de Referências em Tumores Cutâneos.
Quanto mais clara a pele do paciente, maior a chance de ser afetada pelo melanoma, com uma incidência de 2,6%.
Em 2020, houve uma redução no número de diagnósticos no Câncer de Pele, com 17 mil casos a menos em relação a 2019. Nesse mesmo período também houve uma redução do número de internações pela doença, tendo sido observada uma queda de 26%. Os dados revelam possível subnotificação de casos. Se detectado precocemente, o prognóstico desse tipo de câncer pode ser considerado bom.
Além disso, um método simples pode ajudar o paciente a identificar se uma lesão de pele é suspeita de melanoma. A técnica é conhecida como ABCDE e avalia a Assimetria, quando um lado é diferente do outro, a Borda da lesão, se é borrada ou irregular, as Cores, em mais de um tom, o Diâmetro, maior que 5 milímetros e a Evolução da lesão, quando há mudança de forma, cor, tamanho ou aparência das manchas na pele. Caso tenha alguma dessas características, a consulta ao especialista é recomendada.
Caso durante a avaliação pelo especialista a lesão seja considerada suspeita, o próximo passo é a biópsia. O procedimento consiste em retirar uma amostra do tecido suspeito que será avaliado pelo médico patologista. Esse procedimento é imprescindível para estabelecer o diagnóstico.
Entre as medidas de prevenção para o Câncer de pele, estão as recomendações já conhecidas por grande parte do público, mas que precisam ser reforçadas durante o verão: evitar a exposição excessiva ao sol, proteger a pele dos raios ulta-violeta, usar filtro solar de forma adequada, aplicando ainda em casa, e reaplicado ao longo do dia a cada 2 horas, se houver muita transpiração ou exposição solar prolongada, com fator de proteção mínimo de 30. Além disso, também é importante verificar a própria pele regularmente, para identificar pintas ou manchas suspeitas.
Com informações de Agência Estado