Mesmo diante de recuos econômicos observados no âmbito nacional, o setor imobiliário capixaba continua favorável
Por Robson Maia
O mercado imobiliário do Espírito Santo finaliza 2023 com um cenário muito similar ao visto nos últimos anos. Com o metro quadrado cada vez mais valorizado, sobretudo na Grande Vitória, e com projeção de grandes novos investimentos que contemplam o setor, o estado já observa para o ano de 2024 um cenário positivo.
Mesmo diante de recuos econômicos observados no âmbito nacional, o setor imobiliário capixaba continua favorável. Vitória, por exemplo, é a capital com o metro quadrado mais caro do país: 25% superior à média nacional (atualmente em R$ 8.666) e 35% maior que o segundo colocado no estado, Vila Velha, com R$ 8.022. Em outubro, a alta foi de 0,50% em Vitória, enquanto a variação acumulada em 12 meses (entre outubro de 2022 e outubro de 2023) foi de +5,59%, conforme registra o Índice FipeZap.
De acordo com o Índice FipeZap, que apura os preços de imóveis residenciais em 50 municípios brasileiros, o metro quadrado na capital custa R$ 10.861, com alta de +1,67% no acumulado do ano (janeiro a outubro). O preço supera o de grandes centros, como São Paulo (R$ 10.625 por m²) e Rio de Janeiro (com R$ 9.982 o m²).
O presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi-ES), Eduardo Fontes, analisou o desempenho da capital após mais um mês de alta, registrado em outubro.
“As vendas continuam saudáveis, mesmo com a questão econômica, pois não houve excesso de lançamentos. Com isso, a valorização também continuará positiva. Análises com essa frequência (mensal) tendem a registrar sazonalidades, como no início do ano, que é um período onde há uma oferta maior de anúncios, fazendo com que as vendas aconteçam em menor velocidade. No entanto, elas seguem acontecendo e em breve teremos um novo ciclo de lançamentos, com um novo patamar de preços”, apontou Fontes.
Para além de Vila Velha e Vitória
Segundo especialistas, outros municípios da Grande Vitória apostam nas obras estruturantes em andamento como potenciais para o desenvolvimento e fomento do mercado imobiliário em seus bairros. Na Serra, por exemplo, as intervenções na Rotatória do Ó e nas obras do Contorno do Mestre Álvaro devem impulsionar novos lançamentos e a ocupação de novas áreas.
Em Guarapari, o crescimento do mercado imobiliário deve ser observado nos próximos anos, sobretudo com a aposta do Espírito Santo no turismo. Regiões como Meaípe, com as obras de engordamento da faixa de areia da praia, poderão ser valorizadas e despontar no mercado imobiliário.
VARIAÇÕES FIPZAPE | ||||
Índice/Cidade | Variação Mensal (outubro 2023) | Variação em 2023 (acumulada no ano) | Variação Anual (últimos 12 meses) | Preço médio (R$/m²) |
IPCA | 0,21% | 3,72% | 4,79% | - |
IGP-M | 0,50% | -4,46% | -4,57% | - |
Índice FipeZAP | 0,54% | 4,43% | 5,24% | 8.666 |
São Paulo | 0,47% | 4,19% | 4,89% | 10.625 |
Rio de Janeiro | 0,29% | 1,35% | 1,43% | 9.982 |
Belo Horizonte | 0,62% | 7,31% | 7,64% | 8.197 |
Brasília | 0,41% | 1,58% | 0,96% | 8.926 |
Salvador | -0,01% | 6,34% | 5,77% | 5.886 |
Fortaleza | 0,14% | 5,00% | 6,33% | 7.143 |
Recife | 0,16% | 3,92% | 6,91% | 7.508 |
Porto Alegre | 1,62% | 1,89% | 2,44% | 6.662 |
Curitiba | 0,71% | 5,24% | 7,11% | 8.993 |
Florianópolis | 0,87% | 10,95% | 12,74% | 10.658 |
Vitória | 0,50% | 1,67% | 5,59% | 10.861 |
Goiânia | 1,35% | 11,48% | 15,01% | 6.888 |
João Pessoa | 1,30% | 7,69% | 8,95% | 5.817 |
Campo Grande | 0,51% | 10,23% | 15,55% | 5.760 |
Maceió | 1,31% | 14,09% | 17,64% | 8.104 |
Manaus | 1,28% | 8,11% | 9,90% | 6.321 |