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domingo, 28 abril, 2024

Bares não querem revogação de Programa de Retomada

Perse beneficia bares do Estado e do país com renegociação de dívidas.

Por Gustavo Costa

Preocupados com o anúncio da Medida Provisória que traz a revogação do Programa de Retomada do Setor de Eventos (Perse), representantes do setor de bares e restaurantes no país pediram uma audiência com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

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Criado durante a pandemia, esse programa prevê a possibilidade de renegociação de dívidas tributárias e não tributárias e caso seja revogado, o receio da categoria é que bares, hotéis, restaurantes e lanchonetes sejam muito afetados.

As mudanças no Perse estão no pacote de medidas anunciadas no fim de 2023. Para o governo, o objetivo é um só: aumentar a arrecadação e tentar reduzir a zero déficit fiscal deste ano. A MP foi publicada em 29 de dezembro e as medidas passam a valer a partir de abril.

De acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), a decisão representar crítica para o setor que ainda tenta se levantar após o duro golpe sofrido durante a pandemia. “Estamos confiantes com a abertura dada pelo ministro para conversar conosco e vamos trabalhar para entender de que forma podemos equacionar”, explicou Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel.

Importância de programas para os pequenos comerciantes

Para o comerciante Carlos Alexandre Zago, que comanda desde 1988 um tradicional bar em Jucutuquara, Vitória, a revogação é algo que desanima uma categoria que luta a dura penas para trazer emprego e renda para todo o Estado. “Nós viemos de um longo período de crises econômicas, programas desastrosos. E quando a gente começou a ter uma esperança de que as coisas iriam melhorar, veio a pandemia. Para alguns setores foi muito difícil. Imagine como foi para o pequeno comerciante, ficar com as portas fechadas. Não tinha ninguém na rua, não tinha ninguém para movimentar, para obter lucro ali, para poder se manter”.

Ele lembra que durante a pandemia teve que demitir metade de seus funcionários e mesmo com crédito para buscar empréstimos, foi complicado. “A economia ainda não retomou, você continua fechando no vermelho. Quem tem acesso a novos empréstimos, que foi o meu caso, consegue ter uma sobrevida. Quem não teve, só aguentou alguns meses. Então, todo programa que vem para socorrer em uma situação é bem-vindo, né? Se o governo sinaliza em acabar com qualquer tipo de ação que beneficia um setor que emprega milhões de pessoas, é complicado. Você está indo em direção a aumentar mais a crise ainda. Espero que seja revisto e que não acabe, nem o programa de ajuda das pequenas empresas e também com relação a essa questão tributária, que é fundamental para a sobrevivência de todos”, analisou.

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