Acordo prevê estudo de atividades focadas em reduzir emissão de poluentes
Pautadas pela necessidade de buscar oportunidades alinhadas às estratégias de descarbonização, a ArcelorMittal e a Petrobras assinaram na última segunda-feira (26) um Memorando de Entendimento (MoU, de Memorandum of Understanding) que prevê ações de negócio com baixo carbono.
A parceria surgiu por conta de um estudo das duas sobre o desenvolvimento de um hub de captura e armazenamento de carbono (CCS, ou Carbon Capture and Storage no original) no Espírito Santo. O CCS é uma técnica que envolve a captura do CO² e a sua retenção no subsolo, impedindo a fuga do gás para a atmosfera e reduzindo os efeitos das mudanças climáticas.
O CO2 é capturado em diferentes fontes de emissão, indo da indústria de aço ou cimento às unidades de processamento de gás natural, e transportado através de uma malha de gasodutos.
Mapeamento de reservatórios geológicos já começou
O MoU está alinhado com a meta internacional da Arcelor em se tornar neutra na emissão de carbono até 2050. “Projetos de captura e uso do CO2 de forma produtiva e segura, com transporte e armazenamento adequados, representam uma estratégia tecnológica fundamental diante de um cenário de economia de baixo carbono. Daí o interesse das duas empresas em identificarem soluções mutuamente benéficas, que sejam tecnicamente possíveis e economicamente sustentáveis”, disse Jorge Oliveira, CEO da ArcelorMittal Aços Planos América Latina.
O mapeamento de reservatórios geológicos que podem ser usados como opção adequada de armazenamento do carbono já começou a ser feito pela Petrobras. “O segmento siderúrgico é uma das áreas em que a Petrobras pode agregar muito valor, em possíveis parcerias de negócio de baixo carbono ou explorando potenciais acordos comerciais vinculados aos projetos que a Petrobras desenvolve no setor”, explicou Maurício Tolmasquim, diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da estatal.