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quarta-feira, 1 maio, 2024

Alimentos à base de plantas substituirão a carne na próxima década?

Mais de quatro em cada dez consumidores do mundo acreditam que comer alimentos à base de plantas substituirá o consumo de carne

Quarenta e dois por cento dos consumidores do mundo acreditam que é provável que a maioria das pessoas comerá alimentos à base de plantas, em vez de carne, nos próximos dez anos, de acordo com um novo estudo global de pesquisa de consumo realizado pela GlobeScan, uma consultoria global de dados e assessoria, e pela EAT, a organização sem fins lucrativos baseada em ciência para a transformação do sistema alimentar global.

O relatório sobre alimentos saudáveis, sustentáveis e equitativos também revelou que mais da metade das pessoas (51%) sente-se menos segura sobre seu abastecimento de alimentos devido à Covid-19, conflitos e mudanças climáticas. Há uma variação significativa na forma como isso está sendo sentido em diferentes países e regiões.

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A América Latina reportou alguns dos mais altos níveis de insegurança alimentar no Brasil (73%), Colômbia (72%) e Peru (69%), juntamente com o Quênia (77%) e a Itália (64%). Por outro lado, os entrevistados da Índia (19%), Arábia Saudita (33%) e Egito (35%) mostraram-se os menos preocupados.

Os resultados apresentados na segunda edição da série Grains of Truth, analisa as opiniões de quase 30 mil consumidores em 31 mercados do mundo em torno do abastecimento de alimentos saudáveis, sustentáveis e equitativos. A nova pesquisa global eat-globescan também destaca que os consumidores estão à frente dos governos sobre o papel dos alimentos nas mudanças climáticas.

As preocupações com o fornecimento de alimentos estendem-se às preocupações com a escassez de alimentos, e 60% dos entrevistados citaram isso como um problema muito sério. Há uma variação considerável nos níveis de preocupação entre os países. A China (16%), Hong Kong (24%) e a Coreia do Sul (28%) são os menos preocupados, enquanto mais de oito em cada dez na Colômbia, Peru, Quênia, México, Brasil, Argentina e África do Sul disseram estar preocupados com a escassez de alimentos. O custo de vida crescente também está se entrelaçando com o fornecimento de alimentos, de forma que um total de 92% do público também disse que o preço de suas compras regulares de alimentos aumentou nos últimos três meses.

Diante da insegurança alimentar e dos preços crescentes, promissores 60% dos consumidores disseram que comem alimentos saudáveis sempre ou quase sempre, e cada vez mais pessoas seguem dietas vegetarianas ou veganas, mais de uma em cada cinco (22%) disseram que comem alimentos à base de plantas ou veganos, uma porcentagem superior aos 17% em 2019. O interesse em experimentar dietas à base de plantas também está crescendo entre todas as faixas etárias; 40% da geração Z, 43% dos Millennials, 37% da geração X e 28% das pessoas da geração pós-Segunda Guerra dizem que estão muito interessados em experimentar essa forma de se alimentar.

Em alguns países, existem lacunas significativas entre as pessoas que estão interessadas em mudar para uma dieta à base de plantas e aquelas que já estão fazendo isso. As maiores lacunas estão no Vietnã (38%), na Tailândia (37%) e no Brasil (22%)

Quase nove em cada dez consumidores (89%) disseram que comprar alimentos ambientalmente saudáveis e responsáveis é importante para eles. Dois terços (64%) afirmaram estar dispostos a pagar mais por isso, uma indicação do valor que os consumidores depositam nesses produtos mesmo diante do aumento do custo de vida.

Comentando sobre a pesquisa, a Dra. Gunhild Stordalen, fundadora e presidente executiva da EAT, disse: “O fato de tantas pessoas no mundo se interessarem mais em comer alimentos saudáveis e sustentáveis é um sinal animador; há alguns anos seria inimaginável que 42% das pessoas do mundo acreditassem que os alimentos à base de plantas substituiriam a carne no prazo de uma década. Mas o público está começando a entender o aumento das crises climáticas e ambientais e os perigos que elas impõem a sua vida cotidiana quando combinadas com a pandemia, a guerra contra a Ucrânia e a crise do custo de vida crescente. Embora os consumidores entendam as questões, cabe a todas as outras pessoas do sistema alimentar agir agora para ajudá-los, o acesso e os preços acessíveis terão um papel fundamental, como mostrou a primeira edição desse relatório no ano passado. A EAT-Lancet 2.0 ajudará a reunir os mais recentes trabalhos científicos de diferentes áreas para criar consensos sobre metas para sistemas alimentares saudáveis, sustentáveis e equitativos. Isso é essencial para colocar as principais tendências na direção certa.”

Chris Coulter, CEO da GlobeScan, disse: “Essa pesquisa oportuna oferece informações sobre como o aumento dos preços dos alimentos, a invasão ilegal da Ucrânia pela Rússia e as mudanças climáticas exacerbaram os medos dos consumidores com relação à insegurança alimentar. No entanto, parece haver esperança de mudança para uma alimentação mais saudável e sustentável entre os consumidores. As dietas à base de plantas estão aumentando em todas as regiões do mundo, e os consumidores estão cada vez mais conscientes da ligação entre as mudanças climáticas e as escolhas de alimentos.”

Para baixar uma cópia do relatório completo, incluindo comparações entre os países, clique aqui.

Com informações de Agência Estado

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