O pacto foi firmado em 2015, após um compromisso para o Irã limitar as atividades nucleares
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nessa terça-feira (8) a decisão de retirar o país do acordo nuclear com o Irã. O alívio das sanções não será retirado de maneira imediata, mas em até 90 dias. Mas pode demorar até 180 dias, prazo em que o país poderá negociar um novo acordo.
Esta era uma promessa de campanha. Dessa forma, os Estados Unidos se isolam no posicionamento contrário à manutenção do compromisso. O acordo nuclear foi celebrado em 2015 após um compromisso do Irã em limitar as atividades. Em troca, teria alívio nas sanções internacionais.
Ao anunciar a decisão, Trump chamou o acordo nuclear de desastroso. Ele disse que o “pacto celebrado jamais deveria ter sido firmado”, porque não provê garantias que o Irã tenha abandonado mísseis balísticos.
Trump afirmou ter conversado com França, Alemanha e Reino Unido sobre a decisão. Para ele, os recursos liberados ao Irã em virtude do acordo nuclear teriam sido usados para produção de armas. Foram cerca de U$ 100 bilhões em ativos internacionais.
O texto final foi alcançado depois de muita negociação. O acordo nuclear determinava um patamar máximo de urânio enriquecido do Irã. Trump já havia dito que o pacto era “o pior negócio do mundo”.
O Irã havia se comprometido a alterar sua matriz de produção nuclear para inviabilizar a produção de plutônio. O produto pode ser usado na fabricação de bombas nucleares, assim como o urânio.
Donald Trump disse que o acordo tinha falhas “desastrosas” que precisam ser corrigidas. Ele afirmou que o texto em vigor restringe as atividades nucleares do Irã somente de maneira limitada – por um período limitado e afirma que a documento firmado não deteve o desenvolvimento de mísseis balísticos pelo Irã.
*Com informações da Agência Brasil