O objetivo do sistema é otimizar o tempo de atendimento evitando remoções para hospitais da região
Por Patrícia Battestin
Tem novidade para quem precisa de atendimento com ortopedista em Anchieta. A Prefeitura implantou o serviço de telemedicina especializada em ortopedia no Pronto Atendimento Municipal (PA). O objetivo é proporcionar mais eficiência ao atendimento de saúde da população e reduzir o número de remoções para o hospital de referência da região.
Na prática, o paciente é atendido por um clínico geral de plantão no PA, que após detectar a necessidade de exames de imagem (raio x), solicita o serviço na própria unidade e as imagens são encaminhas ao ortopedista de plantão, via sistema. Já esse profissional faz a avaliação, emite o laudo e o médico de plantão processe com o atendimento necessário. O paciente só é transferido para um hospital de referência quando o caso exige procedimentos com maior complexidade.
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A previsão é que até o final de janeiro este número chegue a 150 atendimentos. O tempo médio de espera pelo parecer médico foi de 7 minutos e 44 segundos, uma diferença considerável da jornada anterior de 5 horas (quando era necessária a remoção para o hospital de Cachoeiro de Itapemirim), e o índice de resolubilidade dos casos foi de 89,58% na cidade.
Para a secretária municipal de Saúde, Jaudete Frontino, o serviço é uma forma de otimizar o tempo dos pacientes e dos médicos, agilizando e humanizando ainda mais o atendimento ao paciente. “No modelo tradicional teríamos que transportar o paciente para um hospital de referência por meio de ambulância, tornando o tempo longo e desgastante para o paciente. Com essa nova modalidade temos um serviço disponível 24h, tornando o atendimento mais rápido e gerando menos custos para o município”, explicou a secretária.
O diretor da MedTI, Nilo Neto, reforça. “Milhares de pessoas saem diariamente de suas cidades e são transportadas em ambulâncias, buscando atendimentos especializados em hospitais de referência devido a fraturas e traumas. Isso causa insatisfação e uma longa jornada aos pacientes, além de gerar um grande impacto na operação financeira da saúde. Esta não é uma forma sustentável ou eficaz de se entregar saúde”, explicou.
O médico destaca que a telemedicina já uma realidade para o município. “Ter assistência ortopédica 24 horas é um sonho antigo de Anchieta. Porém, adotar essa modalidade era inviável, pois manter a equipe especializada presencial tem um custo aproximado de R$ 80 mil mensais, totalmente fora da realidade para a maioria dos pequenos municípios”, disse Nilo.
A prática da telessaúde foi expandida em caráter emergencial durante a pandemia da covid-19, mas agora foi regulamentada para todas as modalidades. “O software só tende a ter mais força e ser mais eficaz nos tratamentos propostos. Por isso, é vantajoso para o município e para o paciente”, finalizou o ortopedista.