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sexta-feira, 19 abril, 2024

5 Mitos das Campanhas Eleitorais

Os mitos permitem que muitos projetos fracassem já na largada

Por Darlan Campos

As campanhas eleitorais têm muitos mitos. Cuidado para não cair neles. Mitos que dificultam esse entendimento e o substituem por um conjunto de ideias e preconceitos que obscurecem mais do que esclarecem a paisagem.

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Mito 1: O voto é consciente e racional

Esse mito sustenta que o eleitor toma sua decisão movida exclusivamente por um processo intelectual e racional. Decidir o voto, para quem acredita nessa crença, seria uma operação bastante fria, na qual o cidadão pensa, compara, analisa, pesa e chega a uma conclusão. Na verdade, o mecanismo de decisão de votação não é assim. Pelo contrário, fatores emocionais estão em primeiro plano e são absolutamente decisivos. Isso não significa que o racional não desempenhe nenhum papel, mas significa que o fator mais poderoso é emocional.

Mito 2: O candidato conhece o eleitorado

Outro mito das campanhas eleitorais é a ênfase é colocada em um suposto feeling político, fruto da experiência do candidato, que lhe permite saber o que quer, o que precisa, o que teme e o que acontece aos eleitores. Há disponibilidade no mercado de procedimentos científicos excelentes para estudar a opinião pública e compreender como pensa e age o eleitorado. De pesquisas a entrevistas detalhadas e grupos focais. Não os usar é condenar a campanha eleitoral a viver nos tempos pré-históricos.

Mito 3: Os amigos são os melhores conselheiros

O terceiro mito tem consequências operacionais imediatas: o candidato é cercado por um círculo de amigos e familiares. Ele tem extrema confiança, é claro, e é cada vez mais guiado por seus conselhos. Quem melhor do que amigos para aconselhar bem? No entanto, nada está mais longe da verdade. Na realidade, o candidato que raciocinou não se cerca, mas acaba preso pela boa vontade de seus amigos. Um ambiente que não pode ser objetivo além de suas intenções. É sempre preferível recorrer a profissionais para aconselhamento. E para pessoas de fora do ambiente que podem agir e falar com mais frieza.

Mito 4: A votação é decidida durante a campanha eleitoral

Segundo esse mito, parece que o cérebro do eleitor se ajustou aos tempos marcados pelos partidos políticos e pela legislação eleitoral. Não é assim. O processo de decisão de voto ele começa antes do processo eleitoral, quando o pré-candidato alcança a mente do eleitor através dos seus posicionamentos e história de vida. Uma construção que continua dentro do processo eleitoral e se consolida no dia da eleição. O voto não é um passe de mágica, fruto de uma placa ou panfleto de campanha entregue. É por isso que é essencial programar uma campanha política permanente. E é por isso que temos que pensar muito bem para quem a campanha eleitoral está indo. Outro elemento importante é o papel da articulação. Existem campanhas se são ganham, muito antes do jogo começar.

Mito 5: Você pode fazer campanha sem dinheiro

O quinto mito atribui qualidades mágicas às ideologias e acredita que uma estrutura ideológica de sucesso é suficiente para implementar uma campanha. É um mito que, quando você se torna realidade, quebra os dentes quando descobre que cada passo de uma campanha eleitoral envolve despesas. Cada passo. Ao menor, ao mais modesto sinal de rua, ao menor torcedor local, ao menor panfleto, ao veículo e combustível necessário para ir falar com os eleitores… Tudo. Você pode fazer uma campanha com baixo orçamento ou pouco recurso. Mas não existe campanha sem dinheiro.

Conheça mais sobre esses e outros mitos das campanhas eleitorais no episódio 67 do República Cast. Ouça-o na íntegra. 

[Mkt Pol] #62 – “7 Mitos das Campanhas Eleitorais” de RepúblicaCast | Marketing Político (soundcloud.com)

 

Darlan Campos é consultor em Marketing Político, diretor executivo da República Marketing Político e autor do livro “Nas ruas e nas redes: estratégias de marketing político”.

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