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sexta-feira, 26 abril, 2024

450 Mortes até o fim de janeiro

Estado tem apresentado média de 30 mortes por dia além de 500 internações

Por Leulittanna Eller Inoch 

Diante das últimas informações divulgadas em torno da vacina e também da preocupação com o Exame Nacional do Ensino Médio, o secretário de saúde do estado Nésio Fernandes, acompanhado do subsecretário Luís Carlos Reblin, em coletiva de imprensa, falaram sobre os assuntos.

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A principal informação divulgada pelo secretário é de o Enem, não será adiado no Estado e que as provas acontecerão como o programado. Segundo o secretário, nenhum ato de cancelamento de forma unilateral do Enem no Espírito Santo será tomado. “Estamos acompanhando a opinião do Conselho de secretários de Saúde para recomendar o adiamento”.

O conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) divulgou uma nota em que demonstrava preocupação sobre a realização do exame durante a pandemia. O Governo Federal, que é contrário ao adiamento das provas, garantiu ao Consed que os protocolos de biossegurança estabelecidos pelas autoridades sanitárias serão seguidos.

Balanço

Em relação a covid-19 no estado o secretário informou que no momento o Espírito Santo, passa por uma estabilização tanto de internações quanto de mortes e que se “continuarmos nesses ritmo atingiremos em janeiro a triste marca de 450 óbitos até o fim do mês”, disse o secretário

Um aumento de casos também deve ser registrado no estado uma vez que agora os municípios estão levando suas amostras de testagem para os laboratórios credenciados da região de cada cidade o que deve resultar em um aumento de 4 mil testagens por dia.

“A testagem em serviços privados irá permitir uma capacidade de até 4 mil testagens por dia, é uma capacidade muito ampliada. O teste vai ser muito importante no travamento da doença, mesmo quando a vacina nos dar a segurança do controle da doença, mas a testagem é o que nos vai permitir a transição de uma pandemia para uma endemia, por isso ela é muito importante.” Falou Nésio Fernandes.

A vacina

Uma informação repassada pelo ministério da saúde sobre os municípios não terem insumos para garantir a aplicação da vacina contra a Covid -19 gerou alarde na população capixaba. O secretário garantiu de que a informação repassada pelo ministério estaria equivocada e que o Espírito Santo está completamente preparado para começar a vacinação assim que possível.

“O estado preparou-se de uma maneira precoce. Nós compramos em setembro e outubro as seringas para a vacinação. Além disso também está garantido as seringas para o cronograma de vacinação de outras doenças previstas no calendário. Temos em estoque nesse momento mais de 1.7 milhões de seringas, temos nos municípios, que estão com sistemas de informação atualizado, 770 mil seringas, que estão uteis para realizar a vacinação da covid-19, além de termos 13 municípios que estão com as informações desatualizadas que esse número pode ser maior.  Amanhã (16)estaremos recebendo 1.5 milhões de seringas exclusivas para a vacinação e até o final do mês teremos mais 4,5 milhões de seringas.” Disse o secretário

O programa de vacinação

Sobre o programa de vacinação do estado a sesa informou que tem equipes a nível central, regional e municipal treinadas para aplicar as vacinas. Além de 497 salas de vacinas estruturadas, e que caso houver uma necessidade expansão esse número chega a 600. “É um programa muito bem organizado e estruturado que planeja bem suas ações. Temos um estoque municipal de seringas que podem ser usadas imediatamente de mais de 800 mil seringas e um estoque central.”

No próximo domingo será a reunião por parte da Anvisa para avaliar e concluir sobre o uso da vacina astrazeneca e coronavac no Brasil. Em tom de crítica o secretário afirmou que o Brasil já possui vacinas produzidas em solo nacional, “nós já poderíamos estar tendo essas vacinas distribuídas pelos estados do país, para que quando o anuncio da aprovação fosse feito essas vacinas pudessem ser aplicadas imediatamente” disse o secretário.

Foram definidos grupos prioritários para iniciar a vacinação. Reuniões que estão agendadas para hoje e segunda-feira vão tratar das distribuições das vacinas, das quantidades e dos grupos iniciais que serão vacinados. Teremos então ao longo dos próximos dias atualizações mais concretas da agenda de vacina contra a covid-19 no pais.

“Quero destacar que estamos falando do início do processo de vacinação, não podemos ter uma percepção de falsa segurança de que a pandemia acabou, quando a primeira dose for aplicada na população ainda será necessário diversas semanas para que a imunidade sejam desenvolvidas nesses indivíduos e uma segunda dose em um período de tempo curto no caso da coronavac, no caso da astrazeneca nós temos uma expectativa de que o tempo de aplicação entre a primeira e segunda dose superior a 90 dias permitindo que uma quantidade maior da população seja imunizada. Nós acreditamos que o processo que se inicia em janeiro deverá ter uma repercussão ampla de imunidade no país de pelo menos seis meses então no início da vacinação não deverá cessar o comportamento da segunda expansão de casos neste mês, tão pouco no mês de fevereiro”

A segunda expansão da doença será enfrentada nas mesmas condições que enfrentamos a primeira no país com ausência de tratamento específico para a doença no país e coma ausência de vacina já disponibilizada em massa, por isso todas as medidas de prevenção e distanciamento precisam ser tomadas de maneira muito disciplinada por toda a população.

Leitos de UTI para os amazonenses

O Espírito Santo disponibilizou 30 leitos de UTI para que o estado do Amazonas possa encaminhar pacientes para tratamento em hospitais capixabas. “Manaus vive uma grave crise nas unidades hospitalares. O oxigênio é necessário não apenas no tratamento, mas também na remoção de pacientes graves. Até o presente momento, não recebemos nenhum paciente de Manaus. A responsabilidade pela remoção é do ministério da Saúde. Uma operação foi constituída pelas Forças Armadas e vamos receber nas próximas semanas os pacientes. Não temos nenhum paciente aguardando leitos no Espírito Santo e não temos crise com a garantia de oferta no leito hospitalar”, explicou o secretário.

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