Economista Mário Vasconcelos aponta três caminhos para melhorar o salário mínimo e o poder de compra dos brasileiros
por Samantha Dias
Desde 1º de janeiro de 2021, o brasileiro recebe R$1.100 de salário mínimo, depois que o governo federal enviou, no fim de 2020, medida provisória sobre o tema. O senador Rodrigo Pacheco, presidente do Congresso Nacional, recentemente promulgou a lei definindo o valor que já vinha sendo pago desde o início do ano.
Diante de aumentos em produtos consumidos pela população no dia a dia – como, por exemplo, combustível a carne bovina – muita gente manifesta indignação pela valor do salário e pela queda no poder de compra.
Para o economista Mário Vasconcelos, o salário mínimo, criado pelo governo de Getúlio Vargas, está defasado desde meados da década de 70, quando o país começou a passar por processos de inflação “sem controle”.
- Desde os anos 70 salário mínimo está defasado”, avalia economista
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Na opinião do economista, para atender às expectativas básicas das famílias, o país precisa seguir, pelo menos, 3 caminhos caminhos para melhorar o salário mínimo:
- Reforma tributária: a carga tributária incide fortemente nos bens de consumo, aumentando o valor dos itens e reduzindo o poder de compra. É necessário, segundo o economista, uma grande reforma tributária.
- Reforma Administrativa: assim como a reforma tributária, a reforma administrativa é urgente para redução e equilíbrio dos gastos do governo. “Não é justo o trabalhador receber R$1.100 de salário mínimo e um juiz, por exemplo, R$40 mil. Tem que buscar um equilíbrio, aumentando de quem está em baixo e reduzindo de quem está em cima”, disse Mário.
- Privatizações: vai ajudar a reduzir os gastos do governo, que pode direcionar investimentos para programas sociais, com possibilidades de melhorias no salário.