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sexta-feira, 26 abril, 2024

2021: De novo essa história?

O ano que começou com a mesma dor e o mesmo luto de 2020, encerra trazendo esperança com o aumento da cobertura vacinal

Por Luciene Araujo 

O início deste ano veio com uma alta expectativa acerca do tão esperado fim da Covid-19. Principalmente, pelo extenso período de fechamento e restrição sobre o varejo nacional e o impacto no desemprego. Mas, novamente, o corovirus e suas variantes foram o tema principal do ano. No dia 19 de junho, O Brasil superou a marca de milhão de vidas perdidas na pandemia. Menos de três meses depois, o registro era de 600.077 mortos pela Covid.

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Com todos esses eventos afetando a vida de milhares de brasileiros, mais uma vez, pelo 14º ano consecutivo, a ES Brasil prepara uma edição especial de Retrospectiva, trazendo uma análise das principais conquistas e os piores desafios enfrentados pelos diversos setores, seja na indústria, na política, na segurança ou na saúde pública que sentiu os efeitos duros da Covid-19. 

“A expectativa era de que uma possível bala de prata viesse para sanar todas as nossas angústias acerca dessa tragédia que vitimou mais de 600 mil brasileiros, e, voltássemos a respirar o nosso velho normal”, resume Jefferson Nery do Prado, PHD, professor de Economia, na Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Essa bala de prata tinha nome: Vacina. Mas ela demorava mais e mais a chegar, à medida que a polarização política se intensificava. “O que era para ser o nosso alento e saída dessa situação catastrófica, adensou ainda mais um novo problema social que nos aflige, desde o segundo mandato do ex-presidente Lula e perdura até hoje com Bolsonaro (ambos têm participação direta sobre esse problema), e continuará existindo, principalmente, pela popularização dos celulares e disseminação de informação em massa: A Guerra de Narrativas!”, aponta Prado.

Para ele, essa é uma das principais causas de entrave ao desenvolvimento do país e de tantas mortes. “Esse vírus Guerra de Narrativas, recheado de fakenews, desonestidade intelectual, interesses próprios e possibilidades de ganhos com todo esse caldo – haja vista as pessoas que venderam álcool em gel falsificado – tem atrapalhado nossa economia, emperrando as reformas no congresso e, o pior, matando gente”.

Entre milhares de perdas causadas pelo coronavírus, a morte do humorista Paulo Gustavo, no dia 04 de maio, desencadeou uma avalanche de homenagens, mas também de protestos na imprensa e nas redes sociais, cobrando ações mais eficientes das autoridades, especialmente do governo federal.

Pausa para Torcida

Finalmente vieram os Jogos Olímpicos de Tóquio, após adiamento de um ano. “As competições, realizadas num momento sem precedentes, trouxeram relatos maravilhosos de superação.

Mais uma vez, o esporte reiterou seu poder enquanto ferramenta de transformação social. E foi ainda um momento marcante ,de muita empatia. Os atletas estavam com a emoção à flor da pele e não se privaram de transmitir esse sentimento para as pessoas ao redor do mundo, trazendo uma dose importante de alegria naqueles momentos e de esperança por dias melhores”, resume Emanuel Rego, campeão olímpico três vezes no vôlei de praia e dono do recorde mundial de conquistas esportivas.

Dos nove atletas capixabas em Tóquio, os destaques foram o atacante Richarlison, da seleção brasileira de futebol, que se tornou artilheiro do campeonato e trouxe o ouro olímpico para casa; e a nadadora paralímpica Patrícia Pereira, que conquistou a primeira medalha do Espírito Santo nos jogos olímpicos no Japão: bronze na prova do revezamento 4x50m livre (20 pontos).

O fim das disputas deixou saudade e inaugurou um novo ciclo de espera para torcida e de treinamento árduo aos atletas até 2024. Exatamente 100 anos após sediar as Olimpíadas, Paris será novamente a casa dos Jogos Olímpicos. No total, será a sexta edição do evento realizada na França.

Vacina X Tratamento Precoce

A ciência lutando insistentemente na defesa de que a vacina é a solução para o retorno mais rápido a algo parecido com a normalidade anterior. Mas, não é pequena a fatia da população ao redor do mundo, incluindo no Brasil e no Espírito Santo, que condena a vacina.

“Por acreditar que não houve tempo hábil ao desenvolvimento de uma vacina efetiva, se empenhavam em difundir dados apontando que o grau de letalidade da Covid poderia ser menor que o de uma possível reação negativa de uma vacina desenvolvida sem que todos os protocolos padrões para esse tipo de produto fossem seguidos”, explica o geriatra Edson Vinícius. Ele destaca ainda que essa narrativa recebia o reforço de uma parte da classe médica que defende o tratamento precoce.

“Essa dicotomia, resultante da discussão se a Covid era ou não uma gripezinha, ao que parece, vai continuar em 2022, mas em um contexto diferente. E a gravidade desse confronto entre: pró e contra vacina, expôs um problema social e cultural de nossa sociedade, e que precisa ser corrigido urgentemente: a ausência de um meio-termo”, enfatiza Jafferson Prado.

No entendimento dele, faltou uma liderança que dirimisse essas dúvidas. “Embora a vacina tenha passado pelo fast track, ela é confiável? O tratamento precoce de fato não pode ser utilizado?

2021: De novo essa história?
Rayssa Leal, a Fadinha do skate, não deixou escapar uma medalha em sua primeira Olimpíada. Foto: Ezra Shaw/Getty Images

Os números apresentados pelas secretarias acerca do quantitativo de óbitos, de fato, são confiáveis?”, enumera o economista. Na ausência dessa liderança, “sobraram profetas”, critica Prado. O professor destaca que médicos e profissionais da saúde, de ambos os lados, emitiram e continuam emitindo suas certezas acerca de como resolver a Covid.
“A imprensa, naturalmente, escolheu seu lado (geralmente, quem pagava mais) e ajudou na profusão dessa guerra. E, o curioso, é que não havia o necessário meio-termo entre os profissionais da saúde. Ou você se vacina ou você é um pária! E, se você se vacina, você está acomunado com esse vírus chinês e a OMC, que também esteve completamente perdida durante o início da pandemia”, defende Jefferson Prado.

A CPI da Covid chegou a apontar a possibilidade de que muitas dessas questões fossem elucidadas. “Mas, o que se viu, foi um completo show de horror conduzido por pessoas totalmente incapacitadas e de caráter questionável que inquiriram acerca de temas que fugiam totalmente sobre a Covid. Haja vista a passagem patética com Luciano Hang”, avalia Prado.

Impactos econômicos

Com isso, a economia padeceu. E, a esperança foi se transformando em continuidade da estagnação econômica nacional. Com essa incerteza, o investimento não ocorreu, inflação e dólar subiram, e como consequência, os juros também precisaram subir.

O Banco Central e o Ministério da Infraestrutura continuaram a figurar como as pastas do governo mais atuantes desde o início da gestão Bolsonaro. “O brasileiro usou e abusou do PIX, e muitas obras ao longo do país que estavam paradas, finalmente, foram concluídas. Tanto que o Ministério da Infraestrutura conseguiu realizar mais concessões e parcerias do que o próprio Ministério da Fazenda.”, explica Prado.

A falta de insumos– como os chips utilizados na fabricação dos automóveis – diminuiu e, por vezes, até estagnou a produção de diversos produtos, causando prejuízos na economia global.

No Espírito Santo, por exemplo, podemos citar o setor moveleiro que amargou grandes perdas nas exportações. “Tivemos empresas que deixaram de atender até 50% de sua demanda no exterior, em consequência tanto da falta de MDF, utilizado na linha de produção, quanto da falta de contêineres para a movimentação da mercadoria”, detalha Edimilson Supelete, secretário executivo do Sindicato das Indústrias da Madeira e do Mobiliário de Linhares e Região Norte do Espírito Santo, o Sindimol, que reúne mais de 90% do faturamento do setor moveleiro no Estado.

Ainda que em passos lentos em comparação com o cenário ideal apontado pela ciência, o Brasil foi avançando na cobertura vacinal, especialmente no segundo semestre. E o Espírito Santo se tornou referência nacional. Já em maio deste ano, estava entre os cinco Estados com maior percentual de pessoas imunizadas contra a Covid-19 no Brasil.

O aumento de pessoas imunizadas trouxe uma significativa queda de casos, principalmente nos percentuais de óbitos. Então, outros temas passaram a ser mais falados, especialmente sentidos no bolso dos brasileiros, da mesma forma, dos capixabas. Entre esses problemas que colaboraram para 2021 ser mais um ano bastante difícil, estão os consecutivos aumentos nos preços de combustíveis e gás. Isso sem contar com a bandeira que ficou vermelha, em consequência da crise hídrica que atingiu todo o país, deixando a conta de energia elétrica ainda mais cara.

Boas novas

Do lado positivo, temos condicionantes que geraram um resultado satisfatório no PIB capixaba e possibilitaram ao mercado apostar que o Estado irá fechar o ano com a economia local melhor do que a nacional, avalia Pablo Lira, diretor do Instituto Jones dos Santos Neves. Uma delas é o Fundo Soberano, uma iniciativa inédita no País, criado para promover o desenvolvimento econômico sustentável do Espírito Santo e proteger a economia capixaba da volatilidade das receitas do petróleo.

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No acumulado do ano até outubro, surgiram 47.572 novos postos de trabalho de carteira assinada no Estado. Foto: Marcello Casal Jr. – Agência Brasil

O resultado positivo tem sido tamanho, que o Fundo inclusive aumentou a segurança dos investidores para aplicarem recursos no Estado. Criado em julho de 2019, o Funses já havia rendido, até abril deste ano, R$ 10 milhões aos cofres públicos estaduais. E, segundo o Relatório de Desempenho do Fundo Soberano, elaborado pelo Tesouro Estadual, o saldo total era de R$ 420.425.234, sendo R$ 410.413.435 em transferências e R$ 10.011.890 em rendimentos.

O Estado evidenciou um crescimento mais forte do que a média nacional. Logo no primeiro semestre do ano, o crescimento do PIB capixaba foi e 7,9%, enquanto o nacional obteve alta de 6,4%.

Nota A

“Desde 2012, o Espírito Santo tem as contas públicas com a nota máxima na Secretaria do Tesouro Nacional. E esse equilíbrio é muito importante na geração de ambiência para novos investimentos. O Estado vem ampliando sua carteira de investimentos públicos e privados, ao longo dos últimos anos. De 2019 a 2024, essa carteira totaliza mais de R$ 45 bilhões e estamos falando apenas da contabilização de investimentos acima de R$ 1 milhão”, aponta Pablo Lira.

Esses empreendimentos públicos e privados contribuem para ampliar a promoção de emprego e renda. Dados da Pnad sinalizam que o ES registrou, pela quarta vez consecutiva, redução na taxa de desemprego.

Emprego

O Espírito Santo também gerou novos postos de trabalho formal. Somente em outubro deste ano, foram criadas 3.427 vagas com carteira assinada, o que equivalente a 0,44% de aumento no estoque de empregos com relação ao mês anterior.

No acumulado do ano até outubro, foram 47.572 novos postos de trabalho celetistas. No acumulado do ano até setembro, são 4,2% a menos de desempregados do que em 2020, segundo dados do Caged – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. 

O Estado possui hoje 775 mil trabalhadores formais, de acordo com o Caged. O desempenho foi decorrente dos resultados positivos obtidos nos setores de Comércio (1.96) e de Serviços (1.94). Além destes, a Construção (0,27%) e Agropecuária (0,41%) também apresentaram bons resultados.

“O único setor que apresentou queda foi o setor da Indústria (- 0,53%). Mas se olharmos o setor como um todo, a Indústria de Transformação (-0,6%) foi a que apresentou a maior queda, provavelmente pela dificuldade com insumos em razão de problemas decorrentes da pandemia”, comentou o coordenador de Estudos Econômicos do Instituto Jones Santos Neves (IJSN), Antônio Ricardo Freislebem da Rocha.

Informalidade

Na avaliação geral, que considera os números do IBGE, registrando os trabalhadores informais, o Espírito Santo possui 1.939 milhões de pessoas empregadas. São 148 mil a mais em relação ao terceiro trimestre de 2020. Desse montante, 937 mil atuam no setor privado, 100 mil são trabalhadores domésticos, 523 mil trabalham por conta própria e 764 mil pessoas são trabalhadores informais.

Fácil o ano não foi, mas dentro de um contexto econômico de todas as causas que tem sustentado uma inflação global e as consequências desse fenômeno, não podemos deixar de destacar que a situação do Espírito Santo é favorável a melhorias de cenário para o próximo ano. Confira em nossa matéria Perspectivas 2022.

2021: De novo essa história?
Fonte: Caged

Campo social 

A promessa de vida, possibilitada pela chegada das vacinas no Espírito Santo, foi mesmo um alento após um 2020 marcado pelo medo, insegurança, isolamento e morte, avalia a socióloga e mestra em História, Munah Malek.

“Felizmente, fechamos o ano com o anúncio do governador de que todas as 10 microrregiões capixabas atingiram 80% dos adultos vacinados com a segunda dose contra a Covid-19”, destaca.

No entanto, ela lembra que, apesar do clima de reabertura, neste ano vivemos o pico da pandemia, com 1068 óbitos registrados em março. Considera louvável a gestão das vacinas e da pandemia no Estado, apesar do desastre do manejo nesse processo por parte do Governo Federal.

Munah Malek reconhece as boas ações no enfrentamento em termos de vacinação, mas critica a ausência de medidas mais eficientes. “É triste fecharmos o ano sem políticas públicas que, por exemplo, deem conta de encontrar soluções e reparação aos vários órfãos da Covid.

Reparação

Seria preciso ainda, que em todas as cidades fosse garantido ao menos um banheiro em cada uma das residências (o ES é o segundo do país em aglomerados subnormais), ao menos um restaurante popular e espaços de atendimento e acolhimento à população mais vulnerável, como a de rua e mulheres vítimas de violência”.

Na lista das decisões reprováveis da socióloga estão, ainda, os investimentos em ônibus com ar condicionado que, na argumentação da socióloga estão na contramão do que comprova a ciência, de que a transmissão do vírus se dá quase que exclusivamente por vias aéreas.

Além disso, ”o governo já fala em cobrança de pedágio para a ciclovia da Terceira Ponte, ainda em fase de construção; aumento das tarifas de transporte público para 2022; retirou diversas linhas de ônibus; não investe em modais ativos de transporte e vive a disputa pelo aquaviário, tudo isso em um cenário de fome e pobreza crescente”, enumera.

Lutas nobres

Inaugurando o calendário de lutas e a retomada das ruas pelos movimentos sociais, ela destaca que “as mulheres não se abstiveram de realizar a tradicional Marcha do 8 de Março, em um Estado marcado por recordes no números de violência e morte contra mulheres”. E cita o levantamento feito pelo Levante Feminista Contra o Feminicídio no ES, para destacar que, em 2021, 99 mulheres já foram assassinadas, o que representa um aumento de 19,5% em relação ao ano anterior quando foram registrados 66 assassinatos contra as mulheres.

“O Estado se nega a combater de frente essa triste realidade, apesar de termos um Plano Estadual de Políticas para as Mulheres. Em meio a uma pandemia, a falta de suporte de serviços presenciais, a taxa de desemprego nas alturas, a falta de auxílios socioassistenciais e a fome, são elementos que atingem principalmente as mulheres e, ainda mais, as negras. É o que chamamos de feminização da pobreza”, explica.

O Atlas da Violência escancara os dados: as vítimas são cada vez mais jovens, os crimes cada vez mais bárbaros e os interiores assistem aos piores cenários. A violência de gênero atinge as famílias e as vítimas também são as crianças.

Mais respeito

O ES ganhou as manchetes nacionais e, infelizmente, pela violência. Dessa vez, a violência política de gênero. “Desde que assumiram seus mandatos, as duas únicas vereadoras de Vitória, Camila Valadão e Karla Coser, vêm sistematicamente sendo alvo de múltiplas violências”, relata a socióloga. 

No que se seguiu, diversos outros movimentos refizeram suas agendas. “Os atos contra Bolsonaro foram os que registraram maior público. O Grito dos Excluídos alertou à necessidade do governo olhar para pautas dos direitos humanos, que vêm sendo esvaziadas progressivamente”, afirma.

Dano água

Após seis anos do rompimento da barragem da Samarco, em Mariana (MG), ainda há diversas comunidades com dificuldade. Algumas delas não tem acesso à água em cidades às margens do Rio Doce, no ES, bem como áreas litorâneas como Regência, destaca a socióloga.

“A Justiça Federal reconheceu, recentemente, o chamado “dano água”. São R$ 2 mil por dia em função do não abastecimento que resulta do rejeito no rio, mas isso não resolve a problemática profunda que tem a ver com a qualidade e confiança naquilo que chega nas torneiras de milhares de pessoas”, enfatiza.

População negra

Ela enumera a luta das Comunidades Quilombolas. “Permanecem em marcha contra o avanço do eucalipto (desertificação das áreas rurais), os processos de grilagem de terras e as criminalizações imputadas aos membros das comunidades, sem muita resposta por parte dos governos”, critica. E ainda sobre a população negra, destaca o estudo ‘Pele alvo: a cor da violência policial’, lançado nesse mês, pela Rede de Observatórios da Segurança. O documento aponta que um negro é morto pelo polícia a cada 4 horas.

“As estratégias da polícia de segurança pública, seguem encontrando nas comunidades e periferias os corpos pretos e jovens como alvos preferenciais”, lamenta.

A inauguração dos Centros de Referência da Juventude na Região Metropolitana, apesar de um alento, é ainda insuficiente, precisa se expandir para o interior do Estado e repensar as estratégias em segurança pública”, finaliza Munah Malek.

Radicalismo, não

O radicalismo de uma parcela dos movimentos sociais é alvo de crítica do filósofo e diretor acadêmico da Faculdade de Educação e Tecnologia do Espírito Santo (Fetes), Eber Mendes.

“Você já sabe que todo excesso esconde uma falta, né? Assim, a cada reflexão minha sobre o atual momento que nossa sociedade está passando, principalmente sobre uma tal de polarização, eu tenho a sensação que, cada vez mais, o tiro está saindo pela culatra”, argumenta.

Ele destaca que o direito das minorias é legítimo e inegável. “Mas a minha percepção é que, no excesso e no exagero, não vai ficar legal”. Isso porque, no entendimento de Mendes, as minorias, na luta por estes direitos, estão se excedendo, ao ponto de também excluírem.

“É a lógica que se forma na psiquê e no comportamento humano, construindo os “excluídos que também excluem”, “os feridos que também ferem”, “os magoados que também magoam”. Quem viu o filme “O poço”, entenderá o que eu estou dizendo. E se continuar assim, na minha opinião, infelizmente as minorias, que hoje já sofrem, sofrerão muito mais ainda. Ah! Isto é só minha opinião! Bora viver!”, convida o filósofo. 

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