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quinta-feira, 25 abril, 2024

Vacina contra febre amarela chega na quarta-feira

Ao todo, 23 municípios irão receber a vacina, a maioria deles faz divisa com Minas Gerais.

As 350 mil doses de vacinas, solicitadas ao Ministério da Saúde, pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), começam a chegar ao estado na próxima quarta-feira (18) e serão distribuídas para 23 municípios capixabas, a maioria deles divisa com Minas Gerais.

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Na manhã desta terça-feira (17), a fila para quem deseja se vacinar contra a febre amarela atravessou o quarteirão na Unidade de Saúde de Coqueiral de Itaparica, em Vila Velha, onde os atendimentos para vacinação contra a febre amarela acontecem somente às terças e quintas-feiras, de 8h às 11h, quando são distribuídas 100 senhas, e apenas para quem vai viajar.

No Espírito Santo, não há caso confirmado de febre amarela há pelo menos 50 anos, mas o surto da doença em Minas Gerais, as mortes dos macacos nos últimos dias, nas regiões Sul e Noroeste do Estado, que também apontam para a suspeita de doença, e os dois casos suspeitos – moradores dos municípios de São Roque do Canaã e Conceição do Castelo, respectivamente a 80 quilômetros e 60 quilômetros da divisa entre o ES e MG – levaram a Sesa a solicitar reforço nas doses, apesar do Estado ainda não ser considerado área de risco, e a vacina ser aplicada apenas em quem vai viajar para locais com surto da doença, dez dias antes da viagem.

“Esta é uma medida preventiva diante dos casos crescentes em Minas Gerais, uma vez que, até o momento, não há confirmação da doença no estado”, diz nota da Sesa. A Secretaria pediu ao governo federal 15 mil doses por mês “para garantir o atendimento aos turistas que vêm ao estado neste período de férias”. Hoje, a Sesa recebe 5 mil doses, por mês, do Ministério da Saúde.

Os municípios serão responsáveis pela organização e aplicação da vacina na população, segundo o governo do estado.
Em nota, a Sesa reforça que quem mora nos municípios que estão fora da lista não precisa ser vacinado, a menos que vá se deslocar para áreas de risco.

Quem planeja sair do estado e viajar para áreas de risco de febre amarela deve se certificar de que está devidamente protegido contra a doença. Por isso, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) orienta o viajante a buscar uma unidade municipal de saúde se ainda não tiver tomado a primeira dose da vacina ou a dose de reforço. Se for a primeira vez que a pessoa é vacinada, a dose deve ser aplicada pelo menos dez dias antes da viagem para que o organismo produza anticorpo contra a doença.

No Brasil, quase todos os estados têm regiões com recomendação de vacinação. Segundo a referência técnica do Programa Estadual de Imunizações, Martina Zanotti, no ano passado, o Ministério da Saúde passou a recomendar a aplicação de duas doses da vacina contra febre amarela, válidas para a vida toda, e não mais uma dose a cada dez anos. Para quem viaja dentro do território brasileiro, a imunização segue o Calendário Nacional de Vacinação, com a primeira dose sendo aplicada a partir dos 9 meses de idade.

Em áreas endêmicas, a vacina é disponibilizada para toda a população; já em áreas não endêmicas, como o Espírito Santo, somente para quem vai viajar para áreas de risco. Quanto aos viajantes internacionais, alguns países exigem a apresentação do Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP), que é obtido mediante apresentação do Cartão Nacional de Vacinação – comprovante válido em todo o território brasileiro – em um Centro de Orientação do Viajante da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No Espírito Santo, o Centro de Orientação do Viajante funciona no aeroporto de Vitória.

Macacos

A ocorrência de mortes desses animais já é um alerta. Então existe essa preocupação”, diz Gilton Almada, coordenador do Centro de Emergências em Saúde Pública da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). “É importante monitorar para conseguir preceder. Precisamos trabalhar na investigação. Se confirmado, vai ser vacinado o município onde foi encontrado o macaco morto com febre amarela”, diz Gilton. O resultado da investigação sai em cerca de 20 dias.

São 11 casos em Colatina; 17, em Pancas; 34, em Ibatiba; quatro, em Baixo Guandu; quatro, em Governador Lindenberg; e 34, em Irupi.

Febre amarela

Uma pessoa com febre amarela apresenta, nos primeiros dias, sintomas parecidos com os de uma gripe. Entretanto, esta é uma doença grave, que pode complicar e levar à morte. Os sintomas mais comuns são febre alta e calafrios, mal-estar, vômito, dores no corpo, pele e olhos amarelados, sangramentos, fezes cor de “borra de café” e diminuição da urina.

A febre amarela silvestre é transmitida pela picada de mosquitos Haemagogus e Sabethes, que vivem em matas e vegetações à beira dos rios. Quando o mosquito pica um macaco doente, torna-se capaz de transmitir o vírus a outros macacos e ao homem. A forma silvestre da doença é endêmica nas regiões tropicais da África e das Américas.

Nas cidades, a doença é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue, zika e chikungunya. De acordo com o coordenador do Centro de Emergências em Saúde Pública da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), pessoas que fazem ecoturismo ou que entram em matas por algum outro motivo correm o risco de serem picadas pelo mosquito Haemagogus infectado e contrair a doença. De volta à área urbana, essas pessoas podem ser picadas pelo Aedes aegypti, podendo dar início à reurbanização da doença. O último caso de febre amarela urbana no Brasil ocorreu no Acre em 1942.

Segundo o Ministério da Saúde, a doença tem o maior número de casos entre dezembro e maio. A vacina está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todos os estados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e pode ser aplicada a partir dos 9 meses de idade. Para adultos, o reforço deve ser tomado a cada 10 anos.
A febre amarela provoca insuficiência hepática e renal. Os sintomas, que se iniciam de forma repentina, são febre, calafrios, dor de cabeça, dor nas costas, prostação, náuseas e vômitos.
A doença evolui, numa segunda fase, para diarreia acompanhada de vômitos, icterícia, diminuição da produção de urina, sangramentos e torpor. O quadro pode evoluir para coma e até morte.

Lista de cidades capixabas que receberão a vacina:

1.Água Doce do Norte
2. Alto Rio Novo
3. Baixo Guandu
4. Barra de São Francisco
5. Brejetuba
6. Divino São Lourenço
7. Dores do Rio Preto
8. Guacui
9. Ibatiba
10. Ibitirama
11. Irupi
12. Iúna
13. Laranja da Terra
14. Mantenópolis
15. Montanha
16. Mucurici
17. Pancas
18. Afonso Cláudio
19. Ecoporanga
20. Colatina
21. Itaguaçu
22. Governador Lindemberg
23. Conceição do Castelo

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