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quinta-feira, 28 março, 2024

Toda mulher quer ser Amada

Mulher
Foto: Reprodução

Toda Mulher quer ser feliz. Toda mulher é meio Leila Diniz

Por Manoel Goes Neto

O Dia Internacional da Mulher certamente estará repleto de homenagens (mais do que merecidas) às mulheres. Por isso, cabe uma reflexão voltada para nós homens. Uma data que marca os avanços obtidos pelas mulheres na sociedade, e principalmente, nos lembra que ainda temos que avançar muito para que tenhamos de fato uma igualdade de oportunidades entre homens e mulheres. Fica cada dia mais claro que o melhor presente que as mulheres gostariam de ganhar é que os homens as tratassem sempre com o respeito devido e, mais do que isso, sentissem que podem contar de verdade com eles ao lado delas. Lembrando a música da diva Rita Lee: “Toda mulher quer ser amada. Toda Mulher quer ser feliz. Toda mulher é meio Leila Diniz…”

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O dia 8 de Março é, já há algumas décadas, conhecido como o Dia Internacional da Mulher – data que foi criada para marcar as diversas manifestações pelo reconhecimento dos direitos básicos das mulheres. Essas manifestações realizadas no século 19 exprimiam o desejo de libertação das longas horas de trabalho (com jornadas que chegavam a 15 horas) e dos salários baixos.

Tantos anos e tantas lutas depois, chegamos a 2021 com dados que merecem mais do que apenas atenção. Os dados mostram que houve um aumento no feminicídio em 2020, comparado aos seis primeiros meses do ano anterior. Eles também mostram que há uma reprodução nas formas de desigualdades que já acometem a vida das mulheres, 73% das vítimas de homicídio são mulheres negras. Além da violência, enfrentam desvalorização profissional e baixa representação política.

As liberdades das mulheres devem ser defendidas e exercidas no mínimo cotidiano. Da simples escolha das roupas que querem usar, sem serem violentadas por ninguém, ao direito de decidirem sobre os seus corpos e sobre as formas de exercê-los no mundo: em todas essas vertentes cabe às mulheres (negras, brancas, heterossexuais, homossexuais, transexuais, operárias, camponesas, orientais, indígenas e a tantas outras), e somente a elas, as rédeas e as decisões acerca do próprio destino.

Mas a realidade é muito triste e cruel, ao abrirmos o jornal, ligar a televisão, navegar pela internet, constatamos o assombroso o número de mulheres que são assediadas no transporte público, mulheres que apanham dos seus maridos, às vezes dos próprios filhos. Isso é um horror, e ainda acontece em pleno século XXI.

Como estamos nós homens nos comportando dentro das nossas casas? Será que estamos compartilhando de verdade as tarefas da casa com nossas mulheres, os cuidados com os nossos filhos? Não estou falando de lavar a louça de vez em quando ou levar o filho na escola no dia em que você está de folga. Quando a gente fala que “dá uma mãozinha”, está assumindo que são elas que têm que fazer tudo. Os homens trabalharam duro, mas as mulheres não ficam atrás. Não é justo deixar tudo na mão delas, temos que participar mais.

Sabemos que a maioria das mulheres gostam das flores, dos chocolates e até dos milhares de posts que deixámos nas redes sociais para registrar o Dia Internacional da Mulher, mas se nós homens quisermos realmente fazer nossas mulheres felizes de verdade, não somente no dia 8 de Março, mas durante o ano inteiro, temos que fazer muito mais, todos os dias. Afinal: “Toda mulher deve ser quem e o que quiser ser”.

Manoel Goes Neto é Escritor e Subsecretário Municipal de Cultura de Vila Velha

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