A covid-19 é uma doença respiratória altamente contagiosa e que pode causar diversos sintomas. Àqueles que já tiveram, podem confirmar: nem sempre quando o vírus vai embora os sintomas desaparecem juntos.
Por Munik Vieira
Para esses casos, buscar uma reabilitação pode oferecer grande melhoria para a qualidade de vida do paciente.
A cardiologista da Unimed Vitória Rovana Agrizzi orienta que a reabilitação é indicada para pacientes pós-Covid que permaneçam com sintomas como fadiga, falta de ar e manifestações de cansaço fácil desproporcional aos esforços, entre outros.
- Confira a edição digital da revista ES Brasil
- Acesse nossas redes sociais: Instagram e Twitter
Pacientes com grande perda de massa muscular e aqueles que tiveram complicações cardiológicas, pulmonares e sequelas neurológicas também devem buscar tratamento. “A reabilitação é feita com exercícios físicos aeróbicos, como andar, fazer esteira ou bicicleta ergométrica, associados aos exercícios de força (resistidos) e de fortalecimento da musculatura respiratória”, explica a especialista.
Os benefícios para o paciente são muitos: os exercícios auxiliam na recuperação funcional, motora, respiratória, melhorando a qualidade de vida do paciente, o que facilita o retorno às atividades da vida diária. “A reabilitação ajuda a pessoa a retornar mais rápido e com segurança ao estado anterior à doença”.
Quanto à prática dos exercícios, a indicação é que o paciente que já teve Covid busque uma orientação médica antes de iniciar qualquer atividade. “O ideal é ter uma avaliação médica, mas exercícios leves como caminhar, e atividades como passear com o cachorro, por exemplo, podem ser feitas desde que o paciente esteja assintomático após a infecção”, aponta a médica.
Recuperação

Mesmo um ano depois de ter tido Covid, a professora de educação física Fernanda Carolina Rodrigues (40) ainda sente as sequelas deixadas pelo vírus. Acometida por uma grande fraqueza e muita falta de ar, ela chegou a ser internada por cinco dias, mas sem intubação. Mesmo assim, Fernanda luta para voltar à velha forma.
“Com a reabilitação e o acompanhamento de diversos médicos, devagarinho estou conseguindo reduzir a fadiga respiratória. Eu costumava nadar provas de maratona aquática, e agora estou voltando à natação, mas faço menos de 10% do que fazia antes. Hoje em dia já saio na rua sozinha, o que é uma vitória. Foi bem surpreendente, achei que seria uma Covid leve”, conta a professora, que agora tem dado aulas on-line.