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quinta-feira, 25 abril, 2024

Economistas apostam no setor de serviços para 2021

O setor de serviços, que inclui restaurantes, bares, hotéis, viagens, turismo e lazer, é a aposta de crescimento para economistas e consultores em 2021

Por Leulittanna Eller Inoch 

O assunto foi discutido durante a reunião on-line do Grupo Permanente de Acompanhamento Empresarial do ES (GPAEES).

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A economista-chefe da Rosenberg Associados e economista-sênior da LCA Consultores, Thais Zara; e o economista e consultor em economia Fernando Sampaio fizeram uma apresentação conjunta do balanço econômico e político de 2020, seguido das perspectivas e cenários para o Brasil e o mundo em 2021.

Sampaio lembrou que o país está saindo de 2020 muito diferente do que era esperado. “Ao final de 2019, esperava-se um crescimento do PIB entre 2 e 2,5% em 2020, além da aceleração econômica. Por conta da pandemia e todos os impactos gerados, ao invés de crescer, temos uma contração estimada de mais de 4% para o PIB este ano”, ressaltou.

O economista observou, ainda, alguns fatores econômicos que surpreenderam em 2020: o crescimento da poupança e a inadimplência caindo ao menor nível dos últimos anos. “Fatores como o auxílio emergencial, a falta de gastos com serviços como viagens, turismo e lazer, além da ação dos bancos para repactuar os créditos e adiar os vencimentos contribuíram para essa realidade”, explicou.

Thais Zara ressaltou que, do ponto de vista econômico, o impacto mais forte de toda a pandemia foi sobre o mercado de trabalho. “A população ocupada, que estava em quase 94 milhões no início do ano, recuou para 80 milhões. A tendência é que em 2021 tenhamos uma retomada da geração de empregos, mas o cenário que tínhamos antes da pandemia só deve ser alcançado no final do ano que vem”, pontuou.

Os economistas apostam em um crescimento da economia para 2021 e apontam o setor de serviços, que inclui restaurantes, viagens, turismo e lazer, com recuperação mais acelerada – já que foram os mais reprimidos em 2020.

Economia mundial

Diretamente de Xangai, o presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) – Banco dos Brics -, Marcos Troyjo, apontou tendências no mercado mundial que poderão auxiliar o empresariado a traçar estratégias em 2021. Ele pontou um movimento de desglobalização há 12 anos e a importância dos países considerados emergentes.

“O PIB combinado – medido pelo poder de qualidade de compra – das economias do G7 é de US$ 40 trilhões, enquanto que dos sete países emergentes já ultrapassa a casa dos US$ 50 trilhões”, reforçou.

Troyjo acredita que nos próximos anos o fluxo de investimentos seja majoritamente por meio de acordos comerciais. “Os tratados, como o Mercosul e o recente firmado na Ásia Pacífica, são muito importantes para o comércio internacional”. Ele pontou ainda sobre a importância das reformas estruturais internas nos países, visando o aumento da competitividade, e da retenção de talentos.

A reunião on-line foi finalizada pelo analista político da MCM e da LCA Consultores, Ricardo Ribeiro, que destacou que 2021 será um ano desafiador para o governo Bolsonaro, visto as incertezas no campo político, de saúde e econômico e, principalmente, com o término do auxilio emergencial. “O melhor momento da popularidade pode ter passado e o fim do benefício pode acentuar esse viés de queda”.

Ribeiro disse ainda sobre a sucessão das presidências da Câmara dos Deputados e do Senado Federal e também da importância (e desgaste) das reformas

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